O Governo anunciou esta quarta-feira a intenção de aprovar ainda em julho um programa de transição para evitar o fim repentino das moratórias de crédito aprovadas devido à pandemia da Covid-19. O programa deverá destinar-se sobretudo aos setores mais atingidos pela crise, de forma a que a retoma do pagamento dos empréstimos leve a um esforço financeiro mais “suavizado” às empresas.
“Estamos a aprovar agora em julho, muito em breve, um programa de transição”, anunciou o ministro do Estado e das Finanças, João Leão, em audição na comissão de Orçamento e Finanças, no Parlamento.
Sem avançar com muitos detalhes sobre a medida, o ministro explicou que este novo programa tem como destinatários “os setores mais atingidos pela crise e que estão com a sua atividade muito condicionada, e que possam ter dificuldade em retomar o normal pagamento dos seus empréstimos”, garantindo-lhes “um período de carência prolongado” e “mais tempo para amortizar esses empréstimos”.
A medida precisa ainda de ser articulada entre o Estado, setor financeiro e empresas, mas o ministro antecipou já que o objetivo é que “os bancos e as empresas cheguem a um acordo para alargar o período em que estas empresas têm de fazer face a estes empréstimos”, sendo este apoio dado pelo Estado. Está ainda a ser estudado “um plano relacionado com a capitalização das empresas dos setores mais atingidos”.
“Queremos ter a garantia que essa transição, quando chegar setembro [mês do fim das moratórias], é suave, e que as empresas têm condições para sair da moratórias e retomar o normal pagamento dos seus empréstimos”, referiu João Leão, reiterando que com esta medida o esforço financeiro que as empresas possam vir a ter “seja suavizado”.
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