O Governo vai reunir-se em Conselho de Ministros esta segunda-feira, 10 de março, de manhã, um dia antes da moção de confiança que apresentou ser votada no Parlamento. À noite reúne-se a Comissão Política Nacional do PS. Mas tudo indica que o país seguirá para eleições.
Em comunicado, o Governo informou que a reunião do Conselho de Ministros está agendada para as 10horas, na residência oficial do primeiro-ministro.
A agenda não foi anunciada, mas foi declarado que haverá conferência de imprensa a seguir.
Tudo acontecerá na véspera da discussão, na Assembleia da República, da moção de confiança apresentada pelo Governo.
Este domingo, o ministro das Infraestruturas e Habitação afirmou que o Governo não quer eleições antecipadas, depois do primeiro-ministro ter dado a entender, no sábado, que não haveria alternativa a este cenário.
Também o presidente da Assembleia da República, João Pedro Aguiar Branco, se pronunciou sobre o tema, em Matosinhos, afirmando acreditar que a moção de confiança do Governo seja aprovada, em nome do “interesse nacional”.
“Devo dizer que eu tenho confiança que ainda seja possível aprovar esta moção de confiança, porque acredito que o interesse nacional irá prevalecer, como aconteceu quando foi o Orçamento de Estado, e também para que as moções de censura [apresentada pelos partidos] não tivessem a sua aprovação”, disse, lembrando que existe a possibilidade da abstenção do PS e do Chega.
A Comissão Política Nacional do PS vai reunir-se esta segunda-feira à noite, para fazer a análise da situação política, o único ponto da agenda, disse à Lusa fonte oficial do partido.
A reunião vai realizar-se às 21:00 na sede nacional do PS, no Largo do Rato, em Lisboa.
O presidente do Chega, pelo seu lado, não deixa margem para recuos, tendo afirmado, este domingo, que “não há nenhumas condições” para validar a moção de confiança ao Governo. A seguir, rejeitou poder vir a dar apoio a qualquer futuro executivo liderado por Luís Montenegro.
“Amanhã convocarei a direção do partido e todos os órgãos distritais para transmitir o que me parece consensual no Chega: não há nenhumas condições, perante as suspeitas que recaem sobre o primeiro-ministro de enriquecimento do próprio, para que o Chega vote favoravelmente a moção de confiança”, afirmou André Ventura.
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