O acordo estabelecido entre os dois governos insulares foi assinado no âmbito da visita oficial do secretário regional madeirense da Saúde aos Açores. O documento estabelece a gratuitidade, dos serviços públicos de saúde, pelos cuidados prestados a cidadãos açorianos e madeirenses, quando deslocados a qualquer uma das regiões.
Em declarações aos jornalistas, Pedro Ramos mostrou-se satisfeito com o acordo assinado e realçou a importância do reforço da cooperação entre as duas regiões, destacando o empenho do secretário regional da Saúde dos Açores em aprofundar estas parcerias e intercâmbios.
No âmbito do acordo ontem assinado, será brevemente aprovada a adequada legislação, a partir da qual qualquer utente pode ser atendido numa unidade de saúde da outra região autónoma, sem que isso represente custos acrescidos para o mesmo.
“O mesmo princípio da reciprocidade entre o Serviço Nacional de Saúde e o Serviço Regional de Saúde passa a ser aplicado entre os arquipélagos” frisou, por seu lado, o governante açoriano, Rui Luís.
As duas regiões autónomas já haviam celebrado no ano passado vários protocolos nomeadamente nas áreas do receituário de medicamentos, formação e investigação em saúde, da prestação de serviços em saúde, do registo oncológico e rastreios organizados, dos comportamentos aditivos e dependências e promoção de hábitos de vida saudáveis, e da inspeção e fiscalização de atividades dos serviços de saúde.
Intercâmbio de médicos especialistas
Foi também revelado que este intercâmbio de médicos especialistas entre as duas regiões autónomas, será reforçado no próximo ano.
A informação foi dada pelo secretário regional madeirense da Saúde depois de uma visita ao Hospital de Santo Espírito Santo, em Angra do Heroísmo.
O envio de médicos cardiologistas do Serviço de Saúde da Madeira aos Açores, que já ocorre, será reforçado e alargado a outras especialidades.
Para o titular da Saúde dos Açores, Rui Luís esta partilha de médicos especialistas entre as regiões autónomas consubstancia um “compromisso que temos de até do final estabelecer um levantamento das necessidades existentes em cada região para que a partir de 2018 se implemente essa troca de especialistas para a realização de consultas”.
Na visita ao Hospital Santo Espírito da Ilha Terceira – que resulta de uma parceria público-privada – o governante madeirense foi informado sobre o modelo de gestão desta unidade de saúde, com 5 anos de existência. “Para a Madeira que está prestes a dar este passo de transição para uma nova unidade hospitalar foi importante conhecermos os problemas que enfrentaram aqui, não só com a própria construção da unidade, mas também os relacionados com a transição do antigo para o novo hospital” disse Pedro Ramos.
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