O primeiro encontro com a obra de Chiharu Shiota deu-se em 2015, na 56ª Bienal de Arte de Veneza. No Pavilhão do Japão, a complexa teia de fios vermelhos suspensa do teto espraiava-se até tocar no solo e parecia engolir dois barcos toscamente esculpidos em madeira, que apontam em diferentes direções.
Um emaranhado de chaves, centenas de chaves, pendem por todo o lado, presas nessa teia, muitas delas, e também espalhadas pelo chão. “Key n the Hand”, assim se chamava a instalação da artista japonesa que vive e trabalha em Berlim, na Alemanha.
Decifrar as poéticas memórias que Shiota queria reter na mão foi desafiante, sensorialmente estimulante e… poético. Em 2025, dez anos depois, Shiota expõe “The Soul Trembles”. no Grand Palais, em Paris. A alma estremece? Agita-se? Freme? Nada está à flor da pele nesta exposição, antes nos convida a mergulhar nas múltiplas ramificações do universo de Chiharu Shiota, num percurso de mais de 1.200 m² que entrelaça obras monumentais e peças menos conhecidas.
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