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Green Sheik: “Portugal precisa expandir renováveis para offshore”

Abdul Aziz, o Green Sheik, deixou três ideias para recriar Portugal na área da sustentabilidade, durante o Forbes Annual Summit, e para os jovens empreendedores, para que tragam impacto ao mundo.
11 Dezembro 2024, 11h39

O príncipe árabe Abdul Aziz, conhecido como o Green Sheik, pertence à família real dos Emirados Árabes Unidos, é um dos conselheiros ambientais do governo de Ajman, o mais pequeno dos sete emirados. Engenheiro petroquímico de formação, é mestre em gestão ambiental e doutorado em Ecossistemas Industriais e de Produção limpa. É um reconhecido embaixador da responsabilidade social e da consciência ambiental.

Na impossibilidade de conseguir estar presente na Forbes Annual Summit, a decorrer hoje em Lisboa, no hotel Tivoli, sob o mote Reimage Portugal, deixou uma mensagem em vídeo à assistência do evento.

“Acreditem na vossa capacidade de construir um futuro mais verde e mais inclusivo. Não estão penas a criar negócios, mas a desenhar um mundo melhor. Que a vossa jornada tenha impacto, o mundo está à vossa espera, liderem o caminho”, aconselha Abdul Aziz aos jovens empreendedores.

Em primeiro lugar, Abduyl Azziz deixa três ideias para Portugal. Afirma que o país já é um líder na sustentabilidade, e que deveria mostrar4 ao mundo que a sustentabilidade, o ambiente e a economia podem caminhar de mãos dadas.

Afirma que Portugal necessita investir em três áreas de melhoria. Em primeiro lugar, precisa recriar a sua proposta de valor para as energias de fontes renováveis. Por um lado, necessita de expandir a sua produção de energias renováveis para o offshore, ou seja, para o mar, e avançar que a produção solar deveria estar mais presente na economia e ainda assim, de ser reorganizada. Afirma igualmente na sua mensagem que o turismo nacional deveria aposta mais eco-lodges, e em políticas mais eficazes de neutralidade carbónica, uma vez que Portugal é um país de referência no turismo.

O terceiro ponto de melhoria incide sobre a produção agrícola, que, na sua opinião deveria estar mais focada na agricultura regenerativa, organizando-se com o sistema alimentar.

A grande aposta nos três pilares da sustentabilidade

Alerta que os três pilares da sustentabilidade – o social, o económico e o ambiental – não podem ser separados, e que trazem oportunidades, trazem emprego, reduz emissões, e por isso, devem estar bem interligados. “O progresso de um pilar vai impulsionar os outros”, afirma.

Deixou, para concluir a sua intervenção, uma mensagem aos jovens empreendedores. “Vós sois os arquitetos do futuro. As vossa ideias têm o poder de transformar o mundo”, diz. Por isso, afirma, “ser empreendedor não é sobre lucro, é sobre propósito. Criem negócios que criem valor e inspirem a mudança”. Para ele, “o falhanço é apenas uma lição. Por isso os jovens empreendedores devem manter-se resilientes, porque a grandeza vem com a persistência”. Apela que nunca percam o lado da humanidade e da gentileza. “Acreditem na vossa capacidade de construir um futuro mais verde e mais inclusivo. Não estão penas a criar negócios, mas a desenhar um mundo melhor. Que a vossa jornada tenha impacto, o mundo está à vossa espera, liderem o caminho”, remata.

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