A Greenvolt, subsidiária da Altri para as energias renováveis, informou esta quarta-feira que apresentou, em conjunto com um investidor institucional inglês e no âmbito de um processo concorrencial, uma proposta firme para aquisição da Tilbury Green Power, uma central de produção de energia renovável a biomassa, com uma capacidade de produção de 42 megawatts, que se encontra em pleno funcionamento, localizada no porto de Tilbury, em Essex, na Inglaterra.
“A proposta apresentada foi considerada preferencial, tendo, nesta sequência, sido dado início ao processo de negociação tendente à concretização da referida aquisição”, disse a Altri, em comunicado divulgado no site da CMVM.
A aquisição, a concretizar-se, ficará sempre sujeita à verificação de um conjunto de condições precedentes
habituais em operações desta natureza, pelo que, esclarece-se, não existe ainda certeza quanto à conclusão, com
sucesso, desta projetada operação, adiantou.
“A possível aquisição da TGPH constituirá, como se espera, mais um passo firme no processo de consolidação da
Greenvolt como um player de excelência, a nível internacional, no mercado das energias renováveis,
alicerçando ainda mais a sua estratégia de crescimento e expansão do seu negócio nos sectores das energias
renováveis no contexto europeu.
A Altri anunciou a 18 de março que está a estudar a colocação em bolsa da Greenvolt, que será liderada por João Manso Neto, ex-CEO da EDP Renováveis. O grupo de Paulo Fernandes celebrou um contrato de consultoria com a sociedade de advogados Vieira de Almeida e o banco de investimento Lazard para estudar a possibilidade.
A A Greenvolt, que é detida a 100% pela Altri, opera cinco centrais de produção de energia termoelétrica a partir de biomassa florestal com cerca de 97 MW de potência instalada e tem um “ambicioso projeto de expansão nacional e internacional”, referiu a empresa nessa altura.
Entretanto, a 4 de maio a empresa anunciou que está assinaram um memorando de entendimento não vinculativo com a polaca V-Ridium Europe, que opera no sector das energias renováveis sediada na Polónia com um ‘pipeline’ com 2.800 megawatts em projetos eólicos e solares principalmente na Polónia e na Grécia, dos quais mais de 1.500 MW se encontram em fase adiantada de desenvolvimento.
O acordo prevê que a V-Ridium venha a realizar um aumento de capital social, que pode ter lugar através de entradas em espécie, durante a oferta pública inicial da Greenvolt.
Numa nota de análise publicada a 30 de março, os analistas do CaixaBank/BPI avaliavam e Greenvolt em 300 milhões de euros.
[Atualizada às 20h28]
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