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Greve avança. Reunião dos motoristas com patrões termina sem acordo

Depois de “várias horas” à espera, a ANTRAM e o SNMMP não chegaram a acordo. O sindicato garante apenas 25% de serviços mínimos para dia 12 de agosto e avisa que os motoristas não farão descargas nem de mercadorias nem de combustível.
24 Julho 2019, 15h49

A reunião entre os motoristas de combustíveis e os patrões terminou sem acordo. A greve de 12 de agosto  mantém-se.

Esta foi mais uma ronda no já longo processo negocial entre o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM).

“Infelizmente a reunião termina sem acordo”, anunciou André Matias Almeida, advogado da associação de transportes, esta tarde. “A ANTRAM apresentou aqui uma proposta que entendia ser responsável. É importante dizer que os sindicatos propunham 25% quando, na anterior greve, tinha 40% dos serviços mínimos”, afirma.

Em declarações aos jornalistas, André Matias Almeida conta que depois de “várias horas” à espera na sala, o sindicato voltou a reunir-se à tarde e recusou a contra-proposta, anunciando que os serviços mínimos de 25% se mantém. “A resposta que os sindicatos deram foi que, não só mantinham os serviços mínimos como não fariam qualquer trabalho suplementar. Mais do que isso, não farão descargas, nem de mercadorias nem de combustível”, sublinhou.

“É uma situação que lamentamos profundamente, mais uma vez. Não houve nenhum tipo de abertura”, continuou. “Pessoalizaram todos os dirigentes da ANTRAM. É lamentável que isto assim seja: um sindicato que tem assumido uma postura de vitimização”, vinca, acrescentando que tanto a APETRO (Associação Portuguesa De Empresas Petroliferas) como a ANAREC (Associação Nacional De Revendedores De Combustíveis) apoiaram a posição da ANTRAM.

Os representantes dos motoristas pretendem um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em janeiro de 2020, 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022.

Com os prémios suplementares, que estão indexados ao salário-base, daria 1.400 euros em janeiro de 2020, 1.550 euros em janeiro de 2021 e 1.715 euros em janeiro de 2022.

O (SNMMP) e Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) acusam a ANTRAM de já ter aceite este acordo e de agora estar a voltar atrás na decisão, o que a ANTRAM desmente.

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