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“Greve do dia 12 vai ter repercussões muito mais graves do que as do passado mês de abril”, alertam motoristas

O Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) enviou uma carta aberta às redações e alertou para a gravidade da greve convocada para dia 12 de agosto. E referiu que um debate televisivo onde fossem clarificadas as condições de trabalho destes profissionais poderia evitar a greve.
Carlos Barroso / Lusa
22 Julho 2019, 16h14

O Sindicado Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) alertou que a greve dos motoristas convocada para dia 12 de agosto terá “repercussões muito mais graves” do que as que se verificaram durante a greve dos motoristas de matérias perigosas, em abril, e que quase pararam para o país devido à falta de combustível nos postos de abastecimento.

Em carta aberta enviada às redações, o SIMM disse que “a greve do dia 12 vai ter repercussões muito mais graves do que as do passado mês de abril”. O sindicato explicou que a próxima greve “vai afetar todas as tipologias de transportes de todos os âmbitos, para além dos combustíveis” e vai “afetar o abastecimento às grandes superfícies, à indústria e serviços” e que ainda que “vão faltar alimentos e outros bens nos supermercados”.

“A industria vai sofrer grandes perdas e grandes exportadoras, como a Autoeuropa, correm o risco de parar a laboração e (…) os portugueses vão ser apanhados desprevenidos pois só se fala no combustível”.

Este sindicato independente voltou a fazer pressões para se realizar um debate televisivo, algo que já tinha sugerido, no passado dia 8. Desta vez, o SIMM referiu que “tem, por diversas vezes, lançado o desafio, quer à associação patronal, quer aos vários canais televisivos, para um debate televisivo” para clarificar ” a verdadeira situação dos motoristas”. “Cremos que esse debate televisivo poderia evitar a greve agendada para dia 12 de agosto, pois o governo não poderia mais dar cobertura a uma associação patronal que mais não tem feito do que degradar as condições de vida e de trabalho de cerca de 50 mil profissionais”.

No passado sábado, 15 de julho, depois de uma reunião infrutífera com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias(ANTRAM), o SIMM e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) entregaram um pré-aviso de greve, marcada para dia 12 de agosto.

O SNMMP quer um aumento salarial de 300 euros já em 2020, seguindo-se um aumento de 200 euros nos dois seguintes. Mas as pretenções dos trabalhadores esbarraram na associação patronal, que apenas quer um aumento de 300 euros em 2020.

Na greve de abril deste ano, que durou três dias, o SNMMP reivindicava salários de 1.200 euros, um subsídio de 24o euros e ainda a redução da idade da reforma.

O SIMM disse ainda, na carta aberta, que o setor conta com 50 mil profissionais, sendo que apenas “cerca de 1.200 profissionais operam no transporte de matérias perigosas”, que transportam combustíveis. Sobre as condições de trabalho dos restantes 48 mil trabalhadores, o SIMM alegou que “é e sempre foi bem pior”.

https://jornaleconomico.pt/noticias/governo-estamos-preparados-para-tomar-medidas-para-diminuir-o-impacto-negativo-de-uma-greve-de-camionistas-467719

 

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