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Greve dos motoristas: ARAC alerta Governo para os problemas da rent-a-car

Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor (ARAC) diz que greve dos motoristas poderá levar a “prejuízos avultados” a empresas do sector e privar clientes, na esmagadora maioria turistas, por falta de combustível. E alerta a imagem de Portugal poderá ser fortemente afetada”.
Nome do ficheiro: greve-motoristas-matérias-perigosas.jpg
29 Julho 2019, 15h24

A Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor (ARAC) assinala que está preocupada com greve dos motoristas a partir de 12 de agosto, uma paralisação que, segundo os sindicatos subscritores do pré aviso de greve “vai ter repercussões muito mais graves” do que as da greve de Abril que afetou muitas empresas de aluguer de automóveis, chegando a haver pessoas não que não conseguiram entregar os carros nem levantá-los devido aos depósitos vazios dos veículos. Uma realidade que pode ressurgir na greve de agosto e com prejuízos mais “avultados”  face à época alta para o sector do rente-a-car.

“A ARAC regista com preocupação a iminência de greve dos motoristas de matérias perigosas, a qual se irá repercutir no abastecimento de combustíveis no nosso país”, revela a associação em comunicado, onde dá conta de que no decurso da greve no passado mês de abril, várias empresas de rent-a-car, bem como os seus clientes, depararam-se com a impossibilidade de abastecer os seus veículos, “tornando insustentável o exercício da actividade”.

“Sendo o mês de agosto uma época super alta para a atividade de rent-a-car e para o Turismo Nacional, as empresas poderão incorrer em prejuízos avultados”, frisa a ARAC, acrescentando que caso os clientes, na sua esmagadora maioria turistas, fiquem privados de meios de mobilidade por falta de combustível, “a imagem de Portugal poderá ser fortemente afetada”.

“Para que o normal funcionamento das empresas de rent-a-car e a imagem do Turismo Nacional não sejam colocados em causa, a ARAC solicitou junto do Governo que sejam estabelecidos planos de contingência que permitam concretizar o abastecimento dos veículos de aluguer sem condutor”, conclui a ARAC.

O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) e o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP entregaram um pré aviso de greve convocada para 12 de agosto por tempo indeterminado na sequência da falta de acordo nas negociações com a associação empresarial do setor, a ANTRAM, para revisão do contrato coletivo.

Numa altura de férias em que as viagens de carro se multiplicam, a corrida aos combustíveis vai começar, tendo já o ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos,  aconselhado os portugueses a “abastecer” as suas viaturas para “se precaverem” no caso de haver greve dos motoristas a partir de 12 de agosto, uma paralisação que, segundo o SIMM, “vai ter repercussões muito mais graves” do que as da greve de abril.

O pré-aviso dos sindicatos para a greve propõe serviços mínimos de 25% em todo o território nacional enquanto na greve de abril eram de 40% apenas em Lisboa e Porto. Os patrões propunham 70%. Mas a ANTRAM e sindicatos não chegaram a acordo. A bola está agora do lado do Governo, através da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) que ficará responsável por definir quais os serviços que os motoristas serão obrigados a cumprir.

 

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