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Greve do SEF acaba amanhã: “O mais certo é voltarmos à contestação”, diz sindicato

Após a paralisação, segue-se “uma assembleia dentro do sindicato para interpretar o que se passou durante esta greve”, explicou o presidente do Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras ao Jornal Económico. Trabalhadores contestam silêncio do Governo.
30 Agosto 2021, 18h01

Os trabalhadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) têm estado em greve parcial, que termina esta terça-feira, dia 31 de agosto. Ao Jornal Económico (JE) o presidente do Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF) disse que o mais certo será os funcionários voltarem à paralisação que está a criar tempos de espera superiores a duas horas no aeroporto de Lisboa, onde se está a sentir maior impacto.

Quando questionado sobre o fim da greve, o dirigente sindical, Renato Mendonça, explicou que o SIIFF vai cumprir o que está definido na lei: “Qualquer pré-aviso para que nova contestação seja efetuada carece de todos os passos que estão previstos na lei”. De recordar que a proposta de lei que “prevê a dispersão de competências policiais do SEF pela PJ, PSP e GNR”.

Embora a greve termine ao fim de cerca de duas semanas, a luta dos trabalhadores do SEF promete continuar. “Aquilo que irá ser feito agora é fazermos uma assembleia dentro do sindicato para interpretar o que se passou durante esta greve e mediante também a não resposta ou continuação de não haver resposta por parte do Governo”, referiu Renato Mendonça, sem adiantar dados sobre a adesão ao protesto.

Segundo o dirigente sindical, agora é tempo de tirar conclusões da falta de resposta do Governo e possivelmente avançar com uma nova greve. “O mais certo é voltarmos à contestação”, garante ao JE. “Não é uma decisão tomada de ânimo leve, mas claramente que o silêncio da parte do Governo em relação a esta matéria no fundo vem fundamentar os nosso receios”, considerou Renato Mendonça.

Os trabalhadores do SEF têm estado em greve parcial desde 14 de agosto, mas foi nos últimos dois fins de semana que os tempos de espera no aeroporto Humberto Delgado atingiram o tempo máximo: quatro horas, segundo reportou a agência “Lusa”.

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