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Greve Geral: Ministra convicta de que paralisação vai avançar mas é inoportuna

A CGTP e a UGT decidiram convocar uma greve geral para 11 de dezembro, em resposta ao anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral, apresentado pelo Governo.
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho (D), intervém durante a sua audição na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, na Assembleia da República, em Lisboa, 10 de julho de 2024. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
26 Novembro 2025, 21h29

A ministra do Trabalho disse hoje estar convicta de que a greve geral vai mesmo avançar, mas classificou a paralisação como “inoportuna”, sublinhando que deve ser uma solução de último recurso, uma vez que é “um instituto danoso”.

A CGTP e a UGT decidiram convocar uma greve geral para 11 de dezembro, em resposta ao anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral, apresentado pelo Governo.

“O Governo espera sempre que a UGT possa recuar, mas também compreendeu ou confirmou que há pouca margem de recuo por parte da UGT. Portanto, com certeza, que vai ocorrer. Estou convicta, infelizmente, porque é uma greve que nos parece inoportuna”, afirmou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, em entrevista à RTP.

A titular da pasta do Trabalho sublinhou que a UGT tem sido um parceiro que tem “negociado muito” com o Governo o anteprojeto em causa e acrescentou que o ambiente da negociação é de cordialidade, apesar da CGTP “nunca assinar nada”.

Questionada se da parte do Governo poderá haver uma cedência, a ministra referiu julgar que não haverá tempo útil para isso, notando que a própria UGT já vincou que a decisão estava tomada.

Ainda assim, disse que o anteprojeto de reforma laboral foi apresentado e construído com “boa-fé”.

Maria do Rosário Palma Ramalho considerou ainda que a greve deve ser um último recurso e classificou este mecanismo como um “instituto danoso”, alertando para o impacto social da paralisação, nomeadamente em setores como a saúde ou transportes.

Já sobre o impacto económico desta greve geral, a ministra escusou-se a avançar números e lembrou que “uma coisa é a convocação da greve, outra é a adesão”.


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