A TAP vai pagar os subsídios de férias e salários em atraso diretamente aos trabalhadores da Groundforce. A informação foi divulgada esta quarta-feira, 20 de julho, num comunicado emitido pelo Ministério das Infraestruturas e da Habitação.
“Esta foi a solução encontrada para ultrapassar a recusa na semana passada da administração da Groundforce em aceitar a transferência da TAP que permitiria o pagamento aos trabalhadores do subsídio que lhes era devido”, pode ler-se no comunicado.
A decisão foi comunicada já esta tarde numa reunião com os sindicatos da Groundforce. Desta forma, a greve levada a cabo pelos trabalhadores da empresa já pode ser suspensa.
“Ao mesmo tempo, a TAP vai abreviar o pagamento definido contratualmente para saldar a fatura relativa a serviços prestados em junho, garantindo que a administração da Groundforce tem liquidez suficiente para pagar integral e atempadamente os salários dos trabalhadores relativos ao mês de julho”, indica o comunicado, que salienta, contudo, que “o valor dos serviços prestados pagos pela TAP à Groundforce é superior às necessidades salariais dos trabalhadores da Groundforce”.
Na sequência desta decisão o comunicado indica também que o Governo tem a expetativa que a venda por parte do Montepio das ações da Pasogal que tem em sua legitima posse terá um desfecho positivo nos próximos dias. “No entanto, caso essa venda não se concretize muito em breve, o Governo avançará de imediato com as ações necessárias para garantir a mudança acionista indispensável para a viabilização da empresa”, refere o documento.
Recorde-se que o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, tinha garantido na comissão parlamentar realizada na terça-feira economia que os salários de julho e os subsídios de férias dos trabalhadores da Groundforce seriam pagos.
“No curto prazo, a disponibilidade de pagar subsídios de ferias mantém-se”, com o Governo e a TAP a trabalharem “numa solução para pagar subsídios sem que isso dependa” da Pasogal e para que “não tenham os salários de julho por pagar”, afirmou Pedro Nuno Santos.
O governante afirmou que a “TAP não está em incumprimento nenhum com a Groundforce. Os serviços serão pagos normalmente pela TAP; até ao final de julho a TAP pagará os serviços de junho dentro do prazo, será um montante superior as necessidades salariais dos trabalhadores”. Segundo Pedro Nuno Santos, há uma “fatura vencida de junho, de 3,6 milhões de euros, se for preciso pagar antes do tempo, julgo que a TAP estará disponível”.
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