O grupo Alves Ribeiro ganhou o concurso internacional para a construção de dois módulos do Centro Cultural de Belém (CCB), que visam construir e explorar um hotel de luxo e uma área de comércio. Trata-se do projeto New Development 2023, cuja subcessão está patente por um período de 65 anos.
“A expetativa da Fundação Centro Cultural de Belém e do grupo Alves Ribeiro é de que o contrato entre as partes seja assinado no início do próximo ano, seguindo-se depois o início dos trabalhos de licenciamento do projeto, cuja conclusão está prevista para 2028”, lê-se no comunicado assinado pelo CCB.
Na mesma missiva, o centro dá conta que a edificação destes módulos (três e quatro) já constava do projeto de arquitetura traçado na década de 90 pela dupla Vittorio Gregotti e Manuel Salgado/Atelier Risco. Neste projeto só avançaram o Centro de Congressos e Reuniões, o Centro de Espetáculos e o Centro de Exposições, agora apelidado de Museu MAC/CCB, desenhados nos três primeiros módulos.
O concurso para construção e exploração destes dois módulos tinha sido adiado aquando da pandemia, tendo sido relançado a 10 de outubro de 2023. O grupo Alves Ribeiro foi escolhido diante de um júri composto pelo professor Jorge Santos (presidente), o engenheiro Bernardo Alabaça, os arquitetos António Baeta e Pedro Vaz, e ainda os diretores da FCCB, o engenheiro António Ribeiro, Dr. Francisco Sacadura e Dr. João Caré.
“Trata-se de um projeto estratégico, essencial para a vida da Fundação, que dotará a cidade de Lisboa de uma nova centralidade, convidando habitantes e visitantes a uma permanência mais prolongada na área monumental Belém-Ajuda”, aponta a administradora da Fundação CCB, Madalena Reis, citada no comunicado.
A futura receita da subcessão do direito de superfície dos terrenos dos quais fazem parte uma unidade hoteleira com 161 quartos duplos e um aparthotel com 126 unidades, além de um centro de comércio e novos serviços, numa área de cerca de 20 mil m², irá permitir aumentar a qualidade da oferta cultural do CCB, alavancando também as suas receitas próprias.
“É cada vez mais importante que a Fundação CCB diversifique as suas fontes de receita, e este projeto contribuirá em larga escala para o reforço da sustentabilidade financeira da instituição, bem como para a sua missão de criação e difusão da cultura”, explica Madalena Reis.
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