[weglot_switcher]

Grupo EDP impulsiona PSI 20, contrariando congéneres europeias penalizadas pelo corte das taxas de juro nos EUA

Na bolsa portuguesa sete empresas cotadas valorizam, dez desvalorizam e uma negoceia sem variação.
4 Março 2020, 08h48

O principal índice bolsista português (PSI 20) soma 0,16%, para 4.897,96 pontos, contrariando as quedas verificadas nas principais praças europeias esta quarta-feira, 4 de março. Na bolsa portuguesa sete empresas cotadas valorizam, dez desvalorizam e uma negoceia sem variação.

O setor energético é um principal impulsionador dos ganhos do PSI 20. A EDP Renováveis avança 2,20%, para 12,98 euros, e a EDP ganha 1,21%, para 4,52 euros. No seio empresarial português, “o foco vai para a reavaliação positiva da EDP Renováveis por parte da Goldman Sachs”, indica o MTrader do Millennim BCP, Ramiro Loureiro.

Os títulos da Corticeira Amorim (1,62%), da Sonae Capital (0,59%), da Altri (0,12%) e da Navigator (0,07%) também contribuem para os ganhos da bolsa portuguesa.

Em contraciclo, as quebras dos títulos do BCP (-1,13%), dos CTT (-0,58%) e da Mota-Engil (-1,51%) travam a evolução do PSI 20.

Entre as principais praças europeias, o sentimento é conservador, depois da “queda expressiva observada ontem em Wall Street, depois de a FED ter cortado a taxa de juro de referência em 50 pontos base”. Pela primeira vez na história, a taxa de juro da dívida soberana dos Estados Unidos situa-se abaixo dos 1%.

O corte da taxa de juro diretora foi justificado pelos riscos que o coronavírus apresenta para a atividade económica. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, e com base nos dados reportados pelo organismo, a taxa de mortalidade por coronavírus é de 3,4%, “número superior ao inicialmente indicado”, salienta Loureiro.

Além do corte nas taxas de juro norte-americanas pela FED, o coronavírus pode provocar mais estragos.: o governo do Japão pondera a hipótese de adiar alguns meses a data de início dos Jogos Olímpicos de 2020.

Os dados do S&P sobre a economia europeia também pode influenciar o rumo das praças europeias esta quarta-feira. A agência de notação reduziu as estimativas para o crescimento do PIB europeu de 1% para 0,50%.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.