Grupo Hoti Hotéis investe 300 milhões até 2028 e acrescenta 1.500 quartos

O Grupo Hoti Hotéis tem um plano estratégico de investimento no valor de 300 milhões de euros até 2028, que irá resultar na colocação de 1.500 quartos no mercado, juntando-se aos atuais 3.050. Deste valor, 250 milhões são destinados a 12 novas unidades hoteleiras e 50 milhões para um projeto residencial na Avenida da Boavista, na cidade do Porto, que engloba 127 unidades e cuja construção deverá arrancar no primeiro semestre deste ano. “É expectável que até 2028 aumentemos em 50% o nosso parque hoteleiro”, referiu Ricardo Gonçalves, administrador para a expansão da Hoti Hotéis, durante a apresentação dos resultados do grupo na segunda-feira.

Também na Avenida da Boavista, encontra-se em processo de licenciamento um novo hotel da marca Meliã, que vai trazer para o mercado 222 quartos. No entanto, o segmento residencial será uma aposta forte da empresa, que tem um segundo projeto já delineado para a cidade de Aveiro, ao qual vai juntar uma nova unidade hoteleira, numa área de 30 mil m2.

Olhando para aquilo que foi o ano de 2024 do ponto de vista financeiro, o Grupo Hoti Hotéis registou uma receita total de 112 milhões de euros, um aumento de 9% face ao verificado no ano anterior. Este crescimento foi impulsionado pela subida do preço médio de 8% em comparação com 2023.

“Foi o primeiro ano em que superámos os 100 euros de preço médio, com 101,2 euros. O ano de 2025 será de continuidade, mas todos os negócios são cíclicos e a hotelaria não é exceção. É impossível mantermos o ritmo de crescimento que a hotelaria tem registado”, afirmou Miguel Proença, CEO do grupo.

Por sua vez, o gross operating profit (GOP), que diz respeito às receitas sem os custos operacionais, foi de 47 milhões de euros, num aumento de 11% em relação ao ano passado. Para este ano, as previsões do Grupo Hoti Hotéis são de encerrar 2025 com uma receita total entre os 120 e os 125 milhões de euros.

Em relação aos clientes e analisando o período entre 2019 e 2024, Portugal representa atualmente 25% das receitas do grupo, seguido pela Espanha que caiu dos 12,5% para os 9%, enquanto os Estados Unidos duplicaram o seu peso para 8%. Nota ainda para a Alemanha (7,5%), o Reino Unido (6%), França (5%) e o Brasil (4,5%).