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Grupo Iliad interessado na MEO, segundo Les Echos

A notícia, avançada pelo jornal francês, diz que Patrick Drahi colocou a MEO, o maior operador português, à venda pela segunda vez, em dois anos, e que entre os potenciais compradores está o grupo Iliad, de Xavier Niel. Iliad é uma empresa francesa de telecomunicações.
15 Setembro 2023, 17h14

Na Altice, a venda do operador português MEO está a tornar-se mais clara, noticia hoje o jornal francês Les Echos.

A notícia diz que Patrick Drahi colocou a MEO, o maior operador português, à venda pela segunda vez, em dois anos, e que entre os potenciais compradores está o grupo Iliad, de Xavier Niel. Iliad é uma empresa francesa de telecomunicações.

O jornal francês vaticina o desmoronar do império Drahi e diz que todos os olhos se viram para o futuro da SFR, empresa francesa de telecomunicações.

“Mas a solução para a sua dívida de quase 60 mil milhões e para as preocupações dos analistas pode vir de onde menos se espera de Portugal, o berço do escândalo de corrupção que está agora a abalar a galáxia Altice”, lê-se no Les Echos.

O artigo cita investidores a dizerem que, entre as empresas de Patrick Drahi, e bem à frente da Altice França, a Altice Portugal é o “ativo mais fácil de vender e de compreender”. O Les Echos acha que é mais fácil vender a MEO, que a Altice tem a 100%, do que a SFR, que a Altice France não detém a 100%.

Noutra notícia da semana passada, o Les Echos dizia que Patrick Drahi está perto de chegar a um acordo com o fundo de infraestruturas da Morgan Stanley para lhe vender a totalidade, ou parte dos seus 92 centros de dados em França, avaliados em mil milhões de euros.

O Morgan Stanley Infrastructure Partners terá chegado a um acordo de princípio, mas “há ainda que discutir um certo número de condições antes da conclusão do negócio”, segundo uma fonte entrevistada pelo jornal económico. Outros investidores, que estariam a considerar o negócio, incluem o gestor de fundos institucionais canadiano Omers e o gestor de activos alemão DWS, uma filial do Deutsche Bank.

O Les Echos lembra que, em 2018, a Altice vendeu ao banco americano, em associação com a Horizon Equity Partners, 75% das suas torres de telecomunicações em Portugal, avaliadas em 660 milhões de euros. Um ano depois, comprou 49,99% da sua rede de fibra em Portugal, avaliada em 4,6 mil milhões de euros.

Já antes a Reuters avançara que os bancos de investimento Lazard, BNP Paribas, Morgan Stanley e Goldman Sachs foram contratados para avaliar e apurar o potencial interesse do mercado nos ativos do grupo.

Na semana passada, o jornal francês Le Monde dizia que a empresa está a pensar em vender parte do capital da Altice France, a empresa-mãe da SFR, o que talvez seja um resultado mais provável, embora menos mediático.

O grupo Altice divide-se em três: Altice France, Altice International e Altice USA.

A Altice International é a “casa-mãe” da Altice Portugal, mas também comanda a Altice Israel (Hot), a Altice República Dominicana e a agência de publicidade digital Teads. Tem ainda a Fastfiber, que gere a rede de fibra ótica em Portugal, da qual é proprietária de 50,01%.

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