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Grupo Jerónimo Martins prevê investir até 750 milhões para crescer de forma orgânica

Só na Polónia, para este ano, está prevista a abertura de mais cerca de 150 lojas da Biedronka, 50 das quais de pequena dimensão, mais outras cerca de 50 novas lojas da rede Hebe.
27 Fevereiro 2019, 19h09

Para reforçar o crescimento orgânico, em 2019, o Grupo Jerónimo Martins prevê investir entre 700 e 750 milhões de euros, para a expansão das cadeias Biedronka, Hebe, Pingo Doce e Ara; para o ‘upgrade’ contínuo das lojas existentes e para a melhoria da infraestrutura operacional e logística nos três mercados onde o grupo opera.

Apesar de prever um abrandamento do crescimento económico em Portugal, o Grupo Jerónimo Martins antecipa “um padrão estável no consumo alimentar”.

“O Pingo Doce e o Recheio continuarão focados em ganhar quota de mercado e em manter-se como a primeira escolha dos respectivos consumidores e clientes. A nossa insígnia de supermercados deverá manter o ritmo de expansão de lojas, continuando também a investir no programa de remodelações. A experiência de compra melhorada em conjunto com a dinâmica promocional e a oferta enriquecida, incluindo na marca própria, com produtos comprados localmente, permanecerão centrais à estratégia”, explica o comunicado de apresentação de resultados do grupo referentes ao exercício de 2018.

Para a Polónia, espera um ano de 2019 com “a manutenção de um bom desempenho económico”

“A Biedronka está bem preparada para continuar a adaptar-se à implementação progressiva da proibição de abrir as lojas ao domingo, com o crescimento das vendas LFL [‘like-for-like’, ou seja, em bases equiparáveis] de 2019 a ter, no entanto, de refletir os efeitos de menos 13 dias de vendas e também da inflação no cabaz, que se espera que se mantenha muito baixa”, adianta o referido comunicado.

A Jerónimo Martins assegura que “a companhia está permanentemente a melhorar a qualidade, o ‘mix’ e a penetração da sua rede de lojas”.

“Com base no bom desempenho das suas lojas de menor dimensão, a Biedronka irá acrescentar cerca de 50 novas localizações destas unidades mais pequenas às cerca de 100 aberturas (cerca de 60 adições líquidas) previstas no seu formato mais comum”, revela o grupo liderado por Pedro Soares dos Santos.

Por seu turno, “a Hebe continuará a enfrentar com assertividade o impacto da proibição de abertura ao domingo, prosseguindo a expansão da sua rede de lojas (cerca de 50 novas lojas) e a melhoria da sua rentabilidade”.

“Na Colômbia, o ambiente de consumo deverá ser positivo, apesar de alguma volatilidade de curto prazo na confiança do consumidor”, prevê a Jerónimo Martins.

“A Ara continuará a prioridade à expansão da sua infraestrutura física, mantendo o ritmo de aberturas, enquanto se prepara para inaugurar dois centros de distribuição, no final de 2019. A companhia continuará também a trabalhar nas vendas e nas variáveis-chave de rentabilidade para reduzir as perdas geradas ao nível de EBITDA”, assegura o grupo distribuidor português.

A Jerónimo Martins espera, assim, que “o foco na rentabilidade continue a dar frutos, tanto nos negócios estabelecidos como nos mais recentes”, adiantando que, ao nível do EBITDA, “a Hebe deverá atingir o ‘breakeven’ e a Ara deverá registar uma redução de 20%-25% das perdas geradas em relação a 2018, a taxa de câmbio constante”.

Em 2018, o programa de investimento do Grupo Jerónimo Martins atingiu 658 milhões de euros, dos quais 41% foram destinados à expansão, com novas lojas e centros de distribuição. O restante foi alocado a projetos de remodelação de lojas e centros de distribuição, bem como à normal manutenção das operações.

“Na Biedronka, o programa de investimento atingiu os 372 milhões de euros, distribuindo-se pela abertura de 122 lojas (77 adições líquidas), 230 remodelações e trabalhos de melhoria da infraestrutura logística”, revela o Grupo Jerónimo Martins.

Entretanto, “a Hebe acelerou o ritmo de abertura de lojas, inaugurando 51 novas localizações durante o ano”.

Em Portugal, o Pingo Doce investiu 90 milhões de euros, em três áreas: 10 novas lojas, oito das quais sob o conceito de conveniência Pingo Doce & Go; 29 remodelações profundas; e 21 projetos de remodelação mais ligeira.

“Na Colômbia, a Ara investiu 118 milhões de euros, abrindo 143 lojas ao longo do asno. À medida que a companhia evolui no conhecimento do mercado, conseguiu reduzir o investimento por loja sem comprometer o desempenho das mesmas”, garante a Jerónimo Martins.

 

 

 

 

 

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