[weglot_switcher]

Grupo Sana ganha concessão do Quartel da Graça

A proposta que venceu o concurso corresponde a uma renda de 1,79 milhões de euros anuais, sendo que o valor base do concurso estava fixado em 332.604 euros. O investimento estimado para a recuperação do imóvel é de 30 milhões de euros, para a instalação de um hotel de 5 estrelas que contará com 120 quartos. A abertura do novo hotel está prevista para o final de 2022.
18 Outubro 2019, 18h58

O concurso Revive relativo ao Quartel da Graça, em Lisboa, foi concluído, tendo sido adjudicado a um agrupamento de empresas do grupo Sana.

A proposta que venceu o concurso corresponde a uma renda de 1,79 milhões de euros anuais (o valor base do concurso estava fixado em 332.604 euros), avança um comunicado do Ministério da Economia.

“O investimento estimado para a recuperação do imóvel é de 30 milhões de euros, para a instalação de um hotel de 5 estrelas que contará com 120 quartos. A abertura do novo hotel está prevista para o final de 2022”, adianta o referido comunicado.

De acordo com esse documento, “o Quartel da Graça, classificado como Monumento Nacional desde 1910, está localizado numa das sete colinas de Lisboa, com vista privilegiada para a cidade”.

“Foi fundado, enquanto Convento da Graça, no século XIII pela Ordem dos Agostinhos Eremitas, tendo sido reedificado no século XVI e restaurado após o terramoto de 1755. Com a extinção das ordens religiosas, em 1834, foi ocupado pelo Exército, passando nesse momento a designar-se de Quartel da Graça. Nos últimos anos, o quartel acolheu serviços da GNR e do Exército”, explica o Ministério da Economia.

O mesmo documento acrescenta que, “com o Quartel da Graça, passam a ser 10 os imóveis adjudicados ao abrigo do Programa Revive, o que representa um investimento de 100 milhões de euros”.

“Até ao momento, foram lançados concursos relativos a 19 imóveis no âmbito do Revive. Atualmente, estão abertos os concursos para a concessão do Mosteiro de Lorvão, em Penacova, do Forte da Ínsua, em Caminha, do Mosteiro de São Salvador de Travanca, em Amarante, e do Paço Real de Caxias, em Oeiras.

Para o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, “a adjudicação do concurso relativo ao Quartel da Graça demonstra que o Programa Revive torna possível dar novo uso ao património público, ultrapassando todas as dificuldades históricas associadas a estes processos. Este imóvel será um fator de geração de riqueza e de criação de emprego na cidade de Lisboa”.

Para o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, “a conclusão do concurso para a concessão do Quartel da Graça permite, por um lado, a recuperação de um edifício indissociável da história da cidade de Lisboa e, por outro, a devolução à população de um imóvel que abriga séculos de memórias, incluindo as do início da fundação do país”.

“A rentabilização do Quartel da Graça, ao abrigo da Lei das infraestruturas militares, contribui para um dos mais importantes instrumentos de financiamento da Defesa Nacional e das Forças Armadas, sendo mais um exemplo da associação do Ministério da Defesa Nacional ao programa REVIVE e da aposta na recuperação e valorização do património histórico do país”, sublinhou João Gomes Cravinho.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, congratulou-se com a conclusão do concurso. “Durante um século, o Quartel da Graça, em Lisboa, serviu a Guarda Nacional Republicana e as populações. Com o’ Programa Revive’, terá uma nova vida, através da recuperação e valorização deste importante ativo do nosso património, numa altura em que o Ministério da Administração Interna tem também em plena execução a Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças e Serviços de Segurança, que permite o maior investimento de sempre na modernização dos equipamentos das polícias portuguesas”.

Por seu turno, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, afirma que, “com a conclusão do concurso Revive para o Quartel da Graça, devolvemos à cidade de Lisboa um dos mais importantes edifícios associados à muralha fernandina e classificado como monumento nacional”.

“Mais uma vez, destacamos a  aliança entre a recuperação do património e a necessidade de dinamizarmos investimento para imóveis que devem, no futuro, desafiar-nos para garantirmos maior diversidade na oferta de espaços de criação cultural”; conclui a ministra da Cultura.

 

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.