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Guerra comercial: EUA e China querem encetar novas negociações

Steve Mnuchin, representante do secretário de Estado do Tesouro, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, têm estabelecido contactos privados para encetar novas negociações comerciais entre os dois países. Tensão entre os dois países tem criado distúrbios na economia mundial.
  • Kevin Lamarque/REUTERS
31 Julho 2018, 18h36

Os Estados Unidos e a China estão a tentar desenvolver conversações para evitar uma guerra comercial em maior escala entre as duas maiores economias mundiais, noticia a Bloomberg, esta terça-feira.

Segundo apurou a publicação, Steve Mnuchin, representante do secretário de estado do tesouro, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, têm estabelecido contactos privados para encetar novas negociações comerciais entre os dois países.

Até ao momento, apenas a necessidade de realizar mais negociações foi acordada, num primeiro passo, para desbloquear as relações entre os dois países que, nas últimas semanas, não têm sido frutíferas. Ainda nesta semana, espera-se que altos membros da administração de Donald Trump se reúnam para discutir a postura comercial norte-americana em relação à China.

Norte-americanos e chineses já tiveram três rondas de conversações formais. Mnuchin deslocou-se a Pequim em maio e Liu He viajou para Washington pouco mais tarde. Os dois países emitiram um comunicado conjunto anunciando o compromisso para reduzir o défice comercial norte-americano com a China, mas Donald Trump afastou-se do acordo ao referir que as próximas negociações deveriam assumir “uma estrutura diferente”.

A estratégia de Donald Trump em diminuir o défice comercial em relação à China tem assentado na ameaça de imposições de tarifas às importações de produtos chineses. O FMI teme que o maior crescimento económico dos últimos anos esteja em perigo, depois dos distúrbios dos mercados financeiros e do receio que se gerou à volta de uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, causados pelas tensões entre os dois países.

A Bloomberg informa ainda que “a próxima onda de tarifas norte-americanas começa a produzir efeitos já esta quarta-feira com a possível imposição de tarifas às importações chinesas em 16 mil milhões de dólares”. O governo chinês vai responder com tarifas de igual valor.

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