O principal índice bolsista português (PSI 20) perde 0,51%, para 4.767,88 pontos, em linha com as principais congéneres europeias esta segunda-feira, 26 de agosto. A bolsa nacional é influenciada pela conjuntura externa, com “o reacender da guerra comercial EUA-China a gerar instabilidade nos mercados”, de acordo com o Mtrader do Millennium BCP Ramiro Loureiro.
Pequim definiu novas tarifas sobre bens importados dos Estados Unidos, no valor de 75 mil milhões de dólares, na sexta-feira, 23 de agosto, surpreendendo os mercados. Em resposta, no mesmo dia, o presidente norte-americano anunciou que poderia aumentar em 5% o imposto a aplicar às tarifas adicionais a serem impostas sobre os bens importados da China a partir de setembro e outubro.
A administração Trump anunciou um novo aumento das taxas alfandegárias sobre produtos chineses avaliados em 250 mil milhões de dólares, a partir de 1 de outubro (de 25% para 30%) e uma novas tarifas sobre o equivalente a 300 mil milhões de dólares de bens chineses, de 10% para 15%.
“As congéneres asiáticas também responderam em queda, com o Hang Seng a tombar quase 3% e o Nikikei mais de 2%”, salientou Loureiro na sua análise aos mercados.
Esta nova escalada de tensão na guerra comercial está a deixar os investidores receosos. A bolsa portuguesa não foge à regra, com treze empresas cotadas em queda, três inalteradas e apenas duas a negociar em alta.
Os títulos do BCP (0,69%), da Mota-Engil (1,98%), Pharol (-1,23%), das retalhistas Sonae (-1,04%) e Jerónimo Martins (-0,35%) e das papeleiras Altri (-1,08%), Navigator (-1%) e Semapa (-0,50) pressionam o PSI 250.
“Nas matérias-primas o preço do petróleo está em queda”, frisou ainda o Mtrader do Millennium BCP.
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