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Guindos garante que posição de liquidez dos bancos europeus é robusta e exposição ao Credit Suisse é limitada

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou, também esta quinta-feira, que a exposição dos bancos europeus ao Credit Suisse é “limitada” e “não está concentrada”. 
16 Março 2023, 21h57

O Vice-Presidente do BCE, Luís de Guindos, disse esta quinta-feira que “as posições de liquidez dos bancos europeus são robustas, com rácios claramente acima dos mínimos”. Por outro lado “os buffers de capital são de alta qualidade”, disse.

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou, também esta quinta-feira, que a exposição dos bancos europeus ao Credit Suisse é “limitada” e “não está concentrada”.

Na conferência de imprensa realizada após a reunião de política monetária do BCE que decidiu subir as taxas de juro em 50 pontos base, como estava previsto, Luís de Guindos considerou que os bancos europeus “são resilientes” e que, em comparação com a crise financeira de 2008, a situação no setor “é muito melhor”.

“O aumento das taxas de juro até é positivo em termos de margens dos bancos”, disse ainda o vice-presidente do BCE.

Em relação à situação no banco norte-americano Silicon Valley Bank (SVB), Luís de Guindos defendeu que o seu modelo “era bastante singular”, já que existia um “desiquilíbrio entre ativos e passivos”, o que fazia com que este banco estivesse exposto a qualquer alteração importante na política de taxas de juro.

“Estamos a acompanhar de perto a tensão nos mercados e estamos prontos a agir”, insistiu Lagarde na mesma conferência de imprensa.

“O setor bancário da zona euro é resiliente, apresentando posições de capital e liquidez fortes. Em todo o caso, o conjunto de instrumentos de política monetária do BCE permite inteiramente proporcionar, se necessário, apoio em termos de liquidez ao sistema financeiro da zona euro e preservar a transmissão regular da política monetária”, referiu em comunicado o BCE.

Nos últimos dias, o setor bancário tem atravessado um período de turbulência, primeiro com o colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank, nos Estados Unidos, e depois com a forte queda em bolsa na quarta-feira do Credit Suisse.  O governo norte-americano e os grandes bancos do país juntaram-se esta quinta-feira para avançar com um plano de resgate com 30 mil milhões de dólares ao First Republic Bank,

O Credit Suisse anunciou também hoje que irá receber um empréstimo até 50 mil milhões de francos suíços (50,7 mil milhões de euros) do banco central da Suíça.

O vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, disse aos ministros das Finanças na terça-feira que alguns bancos da União Europeia podem estar vulneráveis a tensões financeiras devido ao aumento das taxas de juros.

 

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