Se o período de aprovação do crédito para comprar casa não é propriamente célere, a etapa que o antecede – correspondente à realização de diversas simulações em vários bancos por forma a escolher o financiamento mais adequado – também não deverá ser.
Esta fase acaba por ser a única que depende, única e exclusivamente, do consumidor. Não deverá aceitar a primeira proposta que lhe aparecer, devendo solicitar várias em mais do que três instituições para que possa comparar, através da FIN que lhe será entregue, o spread que lhe oferecem, a TAEG e o Montante Total Imputado ao Consumidor (este último referente ao valor total que será pago no final do empréstimo, somando o capital, os juros e os seguros associados).
Analise ainda que produtos poderá contratar para fazer baixar o valor do spread: a subscrição de cartões de crédito, a domiciliação do ordenado, seguros de vida e/ou multirriscos, produtos de poupança e afins costumam ser os mais frequentes.
Após a escolha da instituição financeira na qual pretende fazer o pedido de crédito para comprar casa, ser-lhe-á solicitado o envio dos seguintes documentos:
Consoante o perfil de cada consumidor, podem ainda ser requeridos os seguintes documentos:
O ideal é reunir toda a papelada ainda no momento em que anda à procura da sua habitação para que depois todo o processo se desenrole de forma mais célere.
Depois do envio de todos os documentos que o banco solicita, segue-se uma fase em que o mesmo irá analisar se o cliente tem viabilidade ou não para se poder avançar com o financiamento.
A pré-aprovação do crédito habitação consiste assim numa primeira ratificação que não é propriamente do crédito, mas sim referente à elegibilidade do consumidor. Obviamente, os bancos desejam que lhes seja reembolsado o valor que emprestaram, por isso naturalmente avaliam primeiro se os futuros devedores serão bons potenciais clientes.
É precisamente neste estádio que olharão para a sua situação profissional, para os seus rendimentos, para a sua taxa de esforço, etc. Normalmente, a pré-aprovação pode durar até pouco mais de um mês.
Se, no final, a instituição financeira apurar que reúne todos os requisitos necessários e todas as condições para avançar, é então dado início ao processo de crédito para comprar casa. É provável que seja também neste período que o banco indicará se as condições apresentadas na simulação inicial se mantêm ou se mudaram as taxas de juro e os produtos associados.
Após a pré-aprovação do crédito habitação, será feita uma avaliação do imóvel. Esta última encontra-se diretamente relacionada com as condições do empréstimo na medida em que determina qual é o valor máximo que o banco estará disposto a financiar.
Neste terceiro trâmite, o banco em questão contrata uma empresa especializada e independente que procede à avaliação do imóvel e que emite um relatório em conformidade. O avaliador determina o valor da habitação em função de diversos aspetos, tais como a localização, o tamanho, número de janelas (iluminação), serviços e infraestruturas envolventes, etc.
Poderá estar agora a pensar: quanto tempo demora a avaliação de um imóvel? Esta fase geralmente não se estende por mais do que uma semana, contando com a visita e a entrega de toda a documentação necessária. Note ainda que este procedimento tem custos para o consumidor que, regra geral, se traduzem na chamada comissão de avaliação, que é cobrada ao cliente pelo banco – tal só não se costuma verificar quando os imóveis são do próprio banco.
Após a etapa de avaliação do imóvel entra-se na última fase do contrato de crédito para comprar casa.
Desde logo, este é o estádio em que há lugar ao pagamento do IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis) nas situações em que não existe isenção. Esta é a primeira parte desta última etapa, porque o comprovativo de liquidação deste imposto tem de ser apresentado no ato da escritura.
Segue-se a escritura da habitação, que é realizada com a presença de todos os intervenientes na Conservatória do Registo Predial (com recurso ao serviço Casa Pronta) ou no Cartório Notarial. Aqui o comprador passa a ser o proprietário legal da habitação. Para esta são precisos os seguintes documentos:
Esta fase subdivide-se assim em dois momentos: em primeiro lugar, a assinatura da escritura de compra e venda (descrita acima) e, posteriormente, a celebração do contrato de mútuo com hipoteca, que engloba tudo o que diz respeito ao crédito à habitação. É precisamente após este último trâmite que o banco disponibiliza ao cliente o montante necessário para pagar a casa.
Por fim, é emitida a carta de aprovação (também designada por carta de oferta) que confirma todas as condições finais do crédito para comprar casa. A partir deste momento não podem registar-se quaisquer alterações aos valores e taxas que constam deste documento.
Cada processo de empréstimo para compra de casa é um caso específico, existindo igualmente instituições que poderão ser mais rápidas do que outras a realizar a análise de risco do cliente. Desde o envio da documentação por parte do consumidor para o banco até à marcação da avaliação do imóvel, passando pelo pagamento da entrada inicial até à aprovação final antes da escritura, este processo normalmente não demora menos do que um mês até estar concluído.
Embora se trate de um processo um tanto ou quanto demorado, ao conhecer todas as fases torna-se mais fácil acelerá-lo e ter toda a documentação pronta e organizada. Naturalmente, é provável que possam ser necessários fiadores e existe ainda a possibilidade de escolher métodos de reembolso diferentes do das prestações constantes, tais como carência ou diferimento de capital, que irão interferir nas condições do crédito para comprar casa.
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