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Há 52.242 vagas para estudar no ensino superior em 2021/22. Áreas digitais crescem 3% face ao ano passado

A primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior arranca dia 6 de agosto e traz mais 385 vagas nos ciclos de estudo com maior concentração de melhores alunos, com exceção de Medicina. A candidatura é online no site da Direção-Geral do Ensino Superior.
30 Julho 2021, 23h59

O Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior Público 2021/2022 arranca dia 6 de agosto com 52.242 vagas, segundo os dados disponibilizados este sábado, 31 de julho, pela Direção-Geral do Ensino Superior.

A este número acrescem 721 vagas destinadas aos concursos locais, o que perfaz um total de 52.963 vagas disponíveis, mais 2% do que o número disponibilizado no ano anterior.

Consulte as vagas a concurso nas várias instituições de ensino superior.

De acordo com os dados oficiais, o número de vagas à disposição dos candidatos nas instituições das regiões com menor pressão demográfica cresce 2% comparativamente às vagas lançadas inicialmente no ano letivo anterior, enquanto o número de vagas nas demais regiões cresce 1,4%.

O concurso reforça a aposta na oferta de cursos nas áreas digitais, aumentando em 3% o número de vagas em ciclos de estudos que visam a formação em competências digitais face às vagas iniciais do ano anterior (8642 vagas). O aumento é mais expressivo nas instituições de regiões com menor pressão demográfica, onde se verifica um acréscimo de 3,4% face a  2020.

Foram fixadas mais 385 vagas nos ciclos de estudo com maior concentração de melhores alunos, com exceção de Medicina, que deste modo regista um crescimento de vagas de cerca de 14% face ao inicialmente disponibilizado no ano anterior.

Na Medicina, o total de vagas cresceu de 1517 em 2019 para 1529 vagas em 2021.

A Universidade do Porto é a instituição com maior aumento de vagas, um crescimento de 233 lugares face ao ano anterior. Com 4406 vagas disponíveis, a U.Porto regista não só o maior aumento de vagas nos ciclos de estudo em competências digitais (mais 86), como também é responsável por 46% do total de vagas adicionais (177 em 385) aprovadas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, para os cursos mais procurados em Portugal, isto é, aqueles que apresentam o índice de excelência de candidatos superior a 100.

Entre os cursos com maior aumento de vagas destacam-se os relacionados com as competências digitais e os que são mais procurados pelos candidatos do Concurso Nacional de Acesso, nomeadamente as licenciaturas em Engenharia Informática e Computação (com 260 vagas, mais 100 do que o ano anterior), Gestão (com 196 vagas, mais 38 do que o ano anterior) e Direito (com 174 vagas, mais 28 do que o ano anterior).

Em destaque está também a criação da licenciatura em Inteligência Artificial e Ciência de Dados na U.Porto, que, no primeiro ano de funcionamento, apresenta 55 vagas disponíveis. Esta novidade é acompanhada pelo fim dos mestrados integrados em Portugal nas áreas de engenharia e psicologia. Do total de 52 cursos, a U.Porto conta agora com 46 licenciaturas e seis mestrados integrados – Arquitetura, Medicina (dois), Ciências Farmacêuticas e Medicina Veterinária.

O prazo de candidatura à 1.ª fase do concurso decorre entre 6 e 20 de agosto, devendo a candidatura ser apresentada através do sistema online, no sítio da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) na Internet (http://www.dges.gov.pt). Para acederem ao sistema de candidatura, os candidatos podem utilizar a autenticação com o cartão de cidadão ou chave móvel
digital.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior informa a retoma da “normalidade no processo de fixação de vagas, não incluindo nesta fase qualquer das medidas excecionais adotadas no verão de 2020”. No entanto, salvaguarda: não deixarão de ser tomadas “as decisões apropriadas, caso circunstâncias excecionais idênticas à do ano transato o voltem a exigir”.

A tutela relembra também o facto de se ter verificado em 2020, o maior número de candidatos ao concurso desde 1996, o que representou um aumento de 22% face ao ano anterior e foi possível devido a “um reforço excecional das vagas iniciais disponibilizadas no regime geral de acesso por via da transferência das vagas fixadas e não ocupadas nos concursos especiais”.

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