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Há cada vez mais venezuelanos a pedir asilo à UE, revela Eurostat

Venezuelanos apresentaram, apenas no segundo trimestre deste ano, 2.695 pedidos, ou seja, 164% a mais do que no mesmo período do ano passado.
26 Setembro 2017, 17h10

Os pedidos de asilo na União Europeia (UE) caíram para metade e a origem dos requerentes variou: sírios, afegãos e iraquianos registaram menos pedidos, enquanto venezuelanos e guineenses solicitaram mais, segundo os dados divulgados pelo Eurostat.

Entre os migrantes de 145 países que pediram asilo na UE, três destacaram-se pelo aumento nas solicitações: Venezuela, Bangladesh e Guiné. Os venezuelanos apresentaram, apenas no segundo trimestre deste ano, 2.695 pedidos, ou seja, 164% a mais do que no mesmo período do ano passado. Entre os cidadãos do Bangladesh foram feitos 5.530 pedidos (88% a mais) e os da Guiné, 4.560 pedidos (65% a mais do que no período homólogo de 2016).

De julho de 2016 a junho deste ano, foram registados 8.815 pedidos de asilos de cidadãos da Venezuela nos estados-membros da UE.

O asilo é uma forma de proteção internacional dada por um Estado no seu território. É concedido a pessoas que não podem procurar proteção no país de cidadania e/ou residência, em particular por medo de serem perseguidas por motivos de raça, religião, nacionalidade,ou por pertencer a determinado grupo social ou opinião política.

A quantidade de solicitações na UE, entre aqueles que fizeram o pedido pela primeira vez, diminuiu 54% no segundo trimestre de 2017, em relação ao período homólogo do ano passado. Os sírios foram os que mais contribuíram para a diminuição global dos números, apresentando menos 76 mil candidaturas. No entanto, continuam a ser os cidadãos com maiores números absolutos de requerimentos, com mais de 21 mil apenas entre abril e junho.

No total, 161 mil pessoas extra-UE solicitaram asilo nesses 3 meses, sendo que 149 mil (92%) o fizeram por primeira vez. O valor é menos de metade dos 324 mil pedidos feitos no mesmo período do ano passado.

Em números absolutos, os cidadãos que mais pediram asilo pela primeira vez foram os sírios (21.100 requerimentos), os nigerianos (9.800) e os afegãos (9.700). Em números relativos, afegãos e sírios tiveram 80% menos candidaturas e iraquianos 75% menos.

Dos 21 mil sírios que se candidataram, cerca de 50% foram registados na Alemanha (9.700) e 10% na Grécia (2.300) e na Áustria (2.100). Entre os nigerianos, 70% (6.700) solicitaram asilo na Itália, e entre os afegãos, 36% (3.500) o fizeram na Alemanha.

O maior número de pedidos foi registado na Alemanha (com mais de 42 mil candidatos pela primeira vez, ou 28% de todos os candidatos nos estados-membros da UE), seguido da Itália (34.200 ou 23%), França (21.200, ou 14%), Grécia (10.600 ou 7%) e Reino Unido (7.700, ou 5%). Estes 5 estados-membros representaram cerca de 80% de todos os candidatos.

A Alemanha, que em 2016 teve o maior número de solicitações de asilo, no segundo trimestre deste ano registou a maior diminuição em números absolutos, com 162 mil candidatos a menos. Em contraste, na Itália, o número de requerentes de asilo aumentou mais de 7.500; na França, 3.200; e na Espanha, 3 mil.

Em termos relativos, a Roménia foi o país que registou o maior aumento dos primeiros requerentes de asilo (seis vezes mais) no segundo trimestre de 2017 em comparação com o mesmo trimestre de 2016.

 

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