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Há mais 9 milhões de novos deslocados no mundo no primeiro semestre

Cerca de 4,6 milhões do número total de deslocados fugiu devido a conflitos, número que no ano passado só foi atingido em setembro.
16 Agosto 2017, 20h14

Os conflitos armados, a violência e os desastres naturais causaram mais de nove milhões de novos deslocados no mundo na primeira metade deste ano, segundo dados publicados esta quarta-feira  pelo Centro de Monitorazação do Deslocamento Interno (IDMC, na sigla em inglês), organização ligada ao Conselho Norueguês para Refugiados (NRC – Norwegian Refugee Council).

De todas as vítimas, 4,6 milhões fugiram devido a conflitos, número que no ano passado só foi atingido em setembro. A informação é da agência EFE.

A República Democrática do Congo (RDC), cuja região central se transformou num novo foco de violência, é o país que mais gerou novos deslocados, praticamente um milhão apenas no primeiro semestre. O número total de deslocados na RDC, onde o conflito já se expandiu para oito das 26 províncias do país, soma cerca de 3,7 milhões de pessoas, o que configura a pior situação em África.

De volta a Mossul

No Iraque, onde uma longa ofensiva militar conseguiu retomar a cidade de Mossul após três anos sob controlo do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), houve quase 1 milhão de deslocados internos. O IDMC considera que a ampla destruição provocada na parte oeste da cidade atrasará o retorno dos que tiveram que fugir. Mais recentemente, os combates em Kirkuk, no norte do Iraque, entre o exército iraquiano e o EI, que mantém o controle de áreas desta província, levaram ao deslocamento de mais 37 mil pessoas.

Já na Síria foram registados 692 mil deslocados, pois, apesar de várias tentativas de cessar-fogo negociadas por diferentes atores, os confrontos entre forças governamentais e rebeldes intensificaram-se. Além disso, a ofensiva contra o EI continua em Raqqa.

Segundo os dados divulgados, as Filipinas são o quarto país com a situação mais grave, com 466 mil casos, devido ao conflito na ilha de Mindanao, e na cidade de Marawi e arredores, de onde teriam saído 350 mil pessoas.

Seguem na lista de países com os números mais altos de novos deslocamentos entre janeiro e junho a Etiópia (213 mil), a República Centro-Africana (206 mil), o Sudão do Sul (163 mil), a Gâmbia (162 mil), o Afeganistão (159 mil), a Nigéria (142 mil), o Iêmen (112 mil) e a Somália (70 mil).

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