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‘Hackers’ russos acusados nos EUA de usarem bitcoin para encobrir atividade criminosa

Apesar de esta acusação não estar diretamente ligada às suspeitas de interferência russa nas eleições presidenciais de 2016, três dos acusados ​​já tinham tido ​​anteriores ligações a essa investigações.
4 Outubro 2018, 19h34

O Departamento de Justiça norte-americano acusou sete alegados agentes secretos russos de usarem bitcoin para encobrirem um esquema de influência e desinformação que terá durado entre 2014 e maio deste ano. A acusação foi anunciada esta quinta-feira e vem juntar-se a outras que associam hackers a criptomoedas.

Os sete acusados terão conseguido entrar em computadores de instituições ligadas ao desporto e anti-doping, bem como grupos de investigação ao suposto uso de armas químicas pela Rússia. O papel das criptomoedas seria para apagar o rasto financeiro dos acusados.

“Nos casos em que os conspiradores compraram infra-estrutura de hacking [como servidores ou domínios], os pagamentos foram feitos usando uma complexa rede de transações que envolveram contas operacionais em nomes fictícios e criptomoedas, como a bitcoin, para mascarar as suas identidades e conduta”, refere a acusação.

Os pagamentos terão sido recebidos por empresas com sede nos EUA, e “o uso da bitcoin permitiu que os conspiradores evitassem relacionamentos diretos com instituições financeiras tradicionais, permitindo que evitassem um maior escrutínio das identidades e fontes de recursos”, explicam ainda.

Para realizam as operações, os acusados terão minerado as suas próprias bitcoins. Apesar de esta acusação não estar diretamente ligada à investigação em curso sobre as suspeitas de interferência russa nas eleições presidenciais de 2016, o procurador-geral adjunto John Demers afirmou durante uma conferência de imprensa que três dos acusados ​​já tinham tido ​​anteriores ligações a essa investigações.

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