O Departamento de Justiça norte-americano acusou sete alegados agentes secretos russos de usarem bitcoin para encobrirem um esquema de influência e desinformação que terá durado entre 2014 e maio deste ano. A acusação foi anunciada esta quinta-feira e vem juntar-se a outras que associam hackers a criptomoedas.
Os sete acusados terão conseguido entrar em computadores de instituições ligadas ao desporto e anti-doping, bem como grupos de investigação ao suposto uso de armas químicas pela Rússia. O papel das criptomoedas seria para apagar o rasto financeiro dos acusados.
“Nos casos em que os conspiradores compraram infra-estrutura de hacking [como servidores ou domínios], os pagamentos foram feitos usando uma complexa rede de transações que envolveram contas operacionais em nomes fictícios e criptomoedas, como a bitcoin, para mascarar as suas identidades e conduta”, refere a acusação.
Os pagamentos terão sido recebidos por empresas com sede nos EUA, e “o uso da bitcoin permitiu que os conspiradores evitassem relacionamentos diretos com instituições financeiras tradicionais, permitindo que evitassem um maior escrutínio das identidades e fontes de recursos”, explicam ainda.
Para realizam as operações, os acusados terão minerado as suas próprias bitcoins. Apesar de esta acusação não estar diretamente ligada à investigação em curso sobre as suspeitas de interferência russa nas eleições presidenciais de 2016, o procurador-geral adjunto John Demers afirmou durante uma conferência de imprensa que três dos acusados já tinham tido anteriores ligações a essa investigações.
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