Herdade da Torre Bela, onde decorreu a morte de 540 animais, apresentou esta segunda-feira, 28 de dezembro, queixa no Ministério Público contra a empresa Monteros de la Cabra, responsável por ter promovido a caçada.
“A Herdade da Torre Bela foi a única entidade fortemente lesada, no seu património e reputação, pela realização de uma montaria ilegítima e abusiva na sua propriedade, no
passado dia 17 de Dezembro”, apontam em comunicado enviado às redações.
Tendo em conta que a Herdade da Torre Bela sente que foi lesada, optou por apresentar “uma queixa crime junto do Ministério Público contra a entidade promotora da referida caçada a empresa Monteros de la Cabra e o seu responsável Mariano Morales e contra desconhecidos, através do seu advogado Dr. Alexandre Mota Pinto, do escritório Uría Menéndez Proença de Carvalho”.
A Herdade considerou “absolutamente evidente que esta caçada ocorreu em inequívoca violação dos direitos de caça adquiridos e ultrapassando os limites acordados por contrato com a entidade exploradora da caçada, limites fixados pela Zona de Caça Turística em conformidade com o permitido pela licença e pelo plano de gestão por si aprovado e que se encontrava à data, em vigor”.
Na missiva sublinham ainda que “repudiam” o sucedido e asseguram que a morte dos animais “não tem qualquer relação com nenhuma outra eventual atividade da Herdade ou dos seus proprietários”.
Noutro comunicado, de 24 de dezembro, a Herdade lamentou “a forma errada, ilegítima e abusiva” como se conduziu a montaria, da qual teve conhecimento apenas pela comunicação social.
Além da queixa crime da Herdade, nesta segunda, a Procuradoria-Geral da República instaurou um inquérito à montaria.
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