A imigração é um tema que, ultimamente, tem estado muito presente. Tem contribuído sobremaneira para grandes mudanças no panorama político em vários países (o mais recente, a França) e provocado uma crise profunda nos valores de que o Ocidente mais se orgulhava, como o da defesa dos direitos humanos e a solidariedade.
Se nos cingirmos à União Europeia, é um facto que a imigração tem aumentado nas últimas décadas. Infelizmente, este aumento tem sido acompanhado de um acréscimo de mitos, estereótipos e representações, frequentemente assentes no desconhecimento do Outro. Quando este é diabolizado e se torna sinónimo de todos os males, reais ou imaginários, a importância de ter voz, de ser ouvido, torna-se ainda mais capital. E se há algo que está mais relacionado com a nossa identidade é a nossa língua; ela define quem somos e como nos apresentamos perante outrém.
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