A H&M processou a Shein em Hong Kong por considerar que a retalhista chinesa violou os direitos de autor dos designs da empresa sueca e solicitou uma ordem judicial para impedir este tipo de ação, segundo o “El Economista”.
A primeira audiência aconteceu no mês passado no Tribunal Superior de Hong Kong. No banco dos réus sentou-se a Zoetop Business Co, antiga proprietária da marca, e o Shein Group.
Nesta audiência, a H&M mostrou dezenas de fotografias de artigos e respetivas cópias, onde mostrava as semelhanças dos artigos. Esta foi a prova acusatória que a empresa sueca usou para acusar a Shein de roubar os seus modelos de roupa.
Um porta-voz da H&M garantiu que a Shein cometeu infrações em torno dos seus designs em várias ocasiões. A retalhista chinesa não quis fazer declarações sobre o caso e vai aguardar a próxima audiência, que está marcada para o dia 31 deste mês.
Só este ano, nos Estados Unidos, já foram registados cerca de 12 processos contra a Shein por violação de propriedade intelectual. Advogados dos EUA admitem que este tipo de ação é “uma parte do modelo de negócio” da marca chinesa low-cost.
Já aconteceu em Portugal
Esta situação não só não é nova como também já aconteceu em Portugal em 2021. A artista portuguesa Lara Luís deparou-se com um design seu à venda na empresa chinesa e, ao contactar a Shein, apenas recebia mensagens automáticas.
Em declarações à “New in Town”, a artista portuguesa admite que foi alertada para o uso indevido da sua arte por parte de uma seguidora, que viu o design com o gato “You work. I Watch and judge” à venda por seis euros, um valor residual, uma vez que Lara Luís vende o seu trabalho por 25 euros no seu próprio website.
À publicação, a portuguesa assegurou viver do seu trabalho enquanto ilustradora independente. “Roubarem um desenho meu para lucrarem milhares só porque podem é uma facada no coração”, disse na altura.
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