O Presidente da República rejeita cancelar eventos depois do surgimento dos dois primeiros casos de coronavírus em Portugal.
Marcelo Rebelo de Sousa recebeu esta terça-feira “cento e tal alunos” no Palácio de Belém. “O distanciamento social já foi maior do que o habitual. Não há beijos, não houve beijos”, afirmou em declarações aos jornalistas após o evento “Artistas no Palácio de Belém” que contou com a presença do artista plástico José Pedro Croft.
“Não vejo razões para parar com estes encontros. Teremos logo a tarde mais um, e para a semana, e a seguir”, garantiu, apontando que manteve a sua “posição tradicional” de cumprimentos durante a sua visita ao Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB) na segunda-feira na FIL em Lisboa.
“Não vi razão até agora para alterar o essencial do comportamento. Não se pode dizer que não há alarmismo, e multiplicar a prevenção e causar alarmismo”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.
Questionado se já tem prevista alguma visita aos dois pacientes infetados com coronavírus internados nos hospitais de São João e de Santo António no Porto, o Presidente diz que não tem visitas agendadas.
“Por vontade do Presidente já lá estava”, disse hoje. “Cheguei a pensar em deslocações, mas deve ser dado a primazia ao Governo para que não se diga que o Presidente esta a ter protagonismo excessivo”, afirmou, sublinhando que o primeiro-ministro “chamou a si a coordenação ao mais alto nível” do combate ao Covid-19.
O primeiro-ministro António Costa tem uma visita marcada para esta tarde ao Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) no Porto, onde se encontra um paciente infetado com coronavírus, de 33 anos.
Para o futuro, o Presidente prometeu visitar os pacientes “quando o Governo entender”.
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