Desde 1986 que se realiza, nos Estados Unidos, na terceira segunda-feira de janeiro, o dia de Martin Luther King Jr., um feriado federal. A bolsa de Nova Iorque estará encerrada, assim como a maior parte das escolas, grandes empresas e departamentos considerados como não essenciais.
Por se tratar de um feriado relativamente recente, ainda não existe uma tradição festiva para assinalar o dia que presta homenagem à vida e aos feitos do mais famoso proponente do fim da segregação racial em solo norte-americano. Mas a história deste feriado tem quase tantos anos quantos aqueles que passaram desde o assassinato de Martin Luther King Jr., em 1968, no Lorraine Motel, em Memphis, no estado do Tennessee.
Pouco depois de morrer, às 19h05 do dia 4 de abril, foi lançada uma campanha para tornar o seu dia de aniversário, 15 de janeiro, num dia feriado. As uniões sindicais lideram o processo. O Congresso norte-americano, que tem competências para estabelecer feriados federais nos EUA, só o aprovou em 1986, depois de uma petição que reuniu cerca de seis milhões de assinaturas e o patrocínio do músico Stevie Wonder, com a música “Happy Birthday”.
Eternizado pelo discurso “I have a dream” (“Eu tenho um sonho”, em português), Martin Luther King Jr. marcou gerações pelo movimento que defendia a igualdade racial. Foi assassinado em Memphis depois de uma ação de apoio à comunidade afro-americana, funcionários dos serviços sanitários desta cidade do Tennessee. Reclamavam igualdade nas condições de trabalho e nos salários. Na altura, o mayor (cargo equivalente ao de presidente da Câmara em Portugal) Henry Loeb pagava salários mais baixos aos trabalhadores negros em comparação com os funcionários caucasianos. Não existiam uniformes, casas de banho, sindicatos reconhecidos nem contratos coletivos de trabalho para estes trabalhadores, sendo assim vítimas de discriminação.
Martin Luther King Jr. deixou um legado importante e inter-geracional num país que sofre com problemas sociais, como o racismo. Em 2004, a política norte-americana deu um passo decisivo na igualdade racial ao eleger o primeiro presidente negro da história dos EUA, Barack Obama, e em novembro de 2020 a primeira vice-presidente negra, Kamala Harris.
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