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Homem mais rico da Rússia quer exportar medicamento para tratar Covid-19

O medicamento polioxidónio está a passar por testes de fase 3 em pacientes com Covid-19 na Rússia e brevemente a farmacêutica Petrovax irá expandir os ensaios para a Eslováquia. Resultados preliminares dos ensaios são esperados para fevereiro.
Rússia
29 Novembro 2020, 17h41

A farmacêutica Petrovax, pertencente a Vladimir Potanin (o homem mais rico da Rússia) quer exportar para outros países o medicamento que desenvolveu para tratar a Covid-19. O medicamento está a passar por testes de fase 3 em pacientes com covid-19 na Rússia e brevemente a Petrovax irá expandir os ensaios para a Eslováquia, sendo esperados para fevereiro os resultados preliminares dos ensaios.

Em entrevista à Bloomberg, o presidente da Petrovax, Mikhail Tsyferov, explica que o medicamento polioxidónio, desenvolvido pela NPO Petrovax Pharm, é usado para infeções respiratórias causadas por vírus e como reforço de vacinas. O medicamento já tinha sido registado na Rússia para uso em 1996 para tratamento de várias doenças. Foi também registado para uso em algumas ex-repúblicas da União Soviética e mais tarde na Eslováquia.

Enquanto medicamento imunotrópico, o polioxidónio ajuda a estimular o sistema imunológico dos pacientes. Este medicamento pode vir a ajudar no tratamento de pacientes com Covid-19, tendo em conta que, segundo uma investigação de cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis, publicada em agosto, os sistemas imunológicos dos doentes da Covid-19 não reagem o suficiente para os proteger do vírus.

Até ao momento, não há medicamentos para tratar a Covid-19, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mikhail Tsyferov indica que os testes clínicos com o medicamento polioxidónio começaram em abril e mostraram que o fármaco não provoca uma resposta imunológica excessiva e garante que o estudo tem sido realizado de acordo com os protocolos da OMS.

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