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Homens de um lado, mulheres do outro: A praia separada por um muro em Trieste

Para visitar a praia, que conta com uma entrada exclusiva para mulheres e crianças com menos de 12 anos, e outra de uso exclusivo do sexo masculino, é necessário pagar um euro. Há regras neste local que ditam que os géneros devem estar separados e, para se “atravessar o muro” para o género oposto é necessária uma autorização especial.
18 Agosto 2017, 14h59

Em Trieste há uma praia diferente na qual mar e areia são divididos de acordo com o género: de um lado os homens, do outro as mulheres. O local, designado por Bagni Comunali Lanterna, é separado por uma parede branca, com mais de três metros, que se estende à água.

Para visitar a praia, que conta com uma entrada exclusiva para mulheres e crianças com menos de 12 anos, e outra de uso exclusivo do sexo masculino, é necessário pagar um euro. Há regras neste local que ditam que os géneros devem estar separados e, para se “atravessar o muro” para o género oposto é necessária uma autorização especial.

Ao longo dos anos tem sido repetidamente proposta a demolição do muro. Em 1943, o jornal de Trieste, Il Piccolo , referiu-se à demolição como uma questão económica, já que o facto de não ter entrada gratuita restringia o acesso de locais. Ainda assim, fruto de sondagens junto da população em que a resposta foi maioritariamente a favor da permanência do muro, o mesmo manteve-se.

A praia continua a ser frequentada e, por mais mulheres do que homens, diz a página de viagens Volta ao Mundo. A razão pela qual as mulheres preferem esta praia é a privacidade. “Não há homens à volta delas, podem ter uns quilos a mais ou não ter a depilação feita”, disse a jornalista italiana Micol Brusaferro. Giancarlo, um frequentador do local, diz que para os homens “este lugar permite terem um descanso das mulheres”.

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