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Hoteleiros questionam futuro. Ritmo de crescimento e investimentos em debate

Hoteleiros e stakeholders da hospitality industry reúnem-se no 31º Congresso anual da AHP, entre 20 e 22 de novembro, no Centro Cultural de Viana do Castelo.
  • AHP - Raul martins
16 Outubro 2019, 07h32

Certos de que o Turismo “tem ciclos de expansão e contração, estádios de maturação, concorrência e afirmação de modas, tendências e destinos”, a AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, prepara-se para debater a fundo, reunindo hoteleiros e stakeholders da hospitality industry, nacionais e internacionais, o ciclo de expansão vivido nos últimos anos, interpretando, desde logo, sinais que vão surgindo e que obrigam a questionar se o crescimento vai continuar, como e onde, em que mercados e em que segmentos.

Sob o lema “Portugal: Preparar o Amanhã”, o foco do 31.º congresso da AHP estará no setor que é hoje uma “atividade económica fundamental para Portugal e um modo de afirmação da nossa identidade”, reforçou Raúl Martins, presidente da direção da associação.

Em cima da mesa estarão temas centrais como o “Investimento hoteleiro em Portugal”, que trará a visão dos grandes grupos hoteleiros portugueses, o Top 5 que que partilhará as suas experiências e debaterá se ainda vivemos tempos de oportunidade para investimento e quais as vantagens e desvantagens da escala.

“Convergência Ibérica. As oportunidades de Portugal em Espanha – Como seduzir Espanha?” é outro dos grandes temas, no qual marcarão presença, entre outros, Maria de Lurdes Vale, Coordenadora do Turismo de Portugal em Espanha e Mafalda Bravo, nova country manager do grupo Ávoris em Portugal, que vão debater experiências e visões sobre a relação entre as economias portuguesa e espanhola, questionando quais os fatores de competitividade das respetivas economias e se é possível competir e simultaneamente cooperar. Porque Espanha é o segundo mercado emissor de hóspedes e o terceiro em receitas para Portugal, os convidados da AHP irão ainda refletir sobre a possibilidade de atrair turistas de Espanha, também a um nível de maior poder de compra.

Também os desafios da oferta e procura nos principais mercados internacionais, no mercado da aviação vão estra em destaque. “Game Changing: a transformação da Indústria da Aviação e as implicações para Portugal” terá como keynote speaker Gavin Eccles, consultor e professor universitário, e uma mesa redonda com representantes de uma companhia de bandeira, de uma companhia de voos charters e de uma low cost. Tempo ainda para a apresentação de Outlook da operação da ANA e uma visão sobre as expectativas de crescimento para os aeroportos nacionais em 2020, por Francisco Pitta, administrador e Chief Commercial Officer da ANA – Aeroportos de Portugal.

Outro dos pontos altos será o debate em torno do desafio “Crescer a Norte”. Em seis anos, o turismo na região Porto e Norte cresceu fortemente, bem acima da média nacional. Como se faz a gestão do Turismo na região Norte? Numa mesa redonda com Mário Ferreira, CEO da Douro Azul; João Gomes da Silva, Administrador e CSMO da Sogrape; Bernardo D’Eça Leal, Managing Partner do The Independente Collective; e Paulo Garcia da Costa, Owner do Vila Foz Hotel, o objetivo é aferir como encaram os empresários o crescimento atual e o potencial do Norte de Portugal e o que falta fazer.

Segundo sublinhou a AHP, o 31º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo estará também de olhos postos na autenticidade de Portugal, país genuíno e cheio de “luxos simples”. Será que a simplicidade é o verdadeiro luxo dos ricos? Se assim for, quais as oportunidades que temos no “novo” mercado do luxo? Como devemos ajustar a nossa oferta e a nossa comunicação? Como distribuir e como trabalhar os mercados com maior poder de compra? O debate procurará respostas para estas questões e potenciar as oportunidades desta singularidade.

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