O International Airlines Group (IAG) anunciou “fortes resultados” no final do primeiro trimestre de 2024: “a forte procura das nossas companhias aéreas gerou maior receita e o aumento dos lucros operacionais no primeiro trimestre de 2024”, que “atingiu o valor excecional de 68 milhões de euros, face aos nove milhões registados no período homólogo do ano passadio, refere a companhia em comunicado.
O volume de negócios atingiu os 6,43 mil milhões de euros, um crescimento de 9% em relação aos 5,9 mil milhões registados nos primeiros três meses do ano passado. Mesmo assim, a empresa registou prejuízo após impostos no primeiro trimestre de quatro milhões de euros – uma recuperação face aos 87 milhões negativos apresentados no final do primeiro trimestre de 2023. A dívida líquida reduziu no trimestre para 7,4 mil milhões de euros (a 31 de dezembro de 2023 era de 9,2 mil milhões e a 31 de março de 2023 de 8,4 mil milhões).
Por outro, refere ainda o grupo em comunicado, “continuámos a investir nos nossos principais mercados, com crescimento de 7% na capacidade de transporte de passageiros face ao primeiro trimestre de 2023”. “Os custos unitários no trimestre ficaram dentro do esperado e refletem o investimento planeado para procurar eficiência operacional, bem como o impacto anualizado dos acordos de pagamento em 2023”.
Luis Gallego, CEO do IAG, disse, citado pelo comunicado, que “as nossas iniciativas de transformação e aumento da procura, inclusive durante o feriado de Páscoa, alavancaram mais um conjunto muito bom de resultados com melhorias tanto na receita como no lucro operacional. O nosso grupo beneficia da força dos nossos principais mercados – Atlântico Norte, Atlântico Sul e intra-Europa – e do desempenho das nossas marcas. O investimento em transformação em todo o grupo está a proporcionar melhorias na pontualidade e na experiência do cliente”.
Para o responsável operacional da companhia, o grupo está assim “bem posicionados para o verão. A alta procura de viagens é uma tendência contínua.”
A receita por lugar de passageiro por quilómetro disponível (ASK) no primeiro trimestre foi 4,4% maior do que no primeiro trimestre de 2023, “graças ao benefício da Páscoa e de uma forte recuperação contínua do tráfego de lazer, com o tráfego empresarial a recuperar mais lentamente”. “Os custos unitários sem combustíveis aumentaram 3,7% face ao primeiro trimestre de 2023, impulsionados pelos investimentos no negócio e pelo impacto dos acordos salariais acordados ao longo de 2023”, refere o comunicado do grupo. O custo unitário do combustível caiu 4,9% em relação ao primeiro trimestre de 2023, dados os menores preços médios efetivos e aos benefícios das aeronaves mais eficientes.
O IAG aumentou a capacidade para a região do Atlântico Norte em 0,6% no primeiro trimestre, com crescimento da Aer Lingus, British Airways e Iberia. A receita unitária cresceu 6,5% com boa procura nos segmentos de negócios e lazer. O grupo continuou a investir na região da América Latina e Caraíbas, principalmente através da Iberia, mas também adicionando capacidade na British Airways e na LEVEL. Já “o crescimento da nossa capacidade para a Europa foi de 9% no primeiro trimestre, com crescimento em particular na Aer Lingus, British Airways e Iberia. A procura contínua de viagens entre as principais cidades europeias em todas as nossas companhias aéreas, em particular para lazer, proporcionou um crescimento da receita unitária de 5,7%”.
O crescimento da capacidade “na nossa região doméstica (Espanha e Reino Unido) foi de 6,5% no primeiro trimestre, principalmente em Espanha através da Iberia e da Vueling. Tal como no resto da Europa, a procura robusta por viagens e o fim de semana da Páscoa apoiaram um aumento de receita unitária de 6,9%”.
“O resto do mundo é atualmente mais desafiador. A capacidade para a região da África, Médio Oriente e Sul da Ásia aumentou 0,4% e as receitas unitárias diminuíram 3,4%. Em particular, o conflito no Médio Oriente afetou os voos da maioria das nossas companhias aéreas para a região. A nossa capacidade para a região Ásia-Pacífico, apenas 3,7% da capacidade do nosso grupo, aumentou 43,4%, refletindo principalmente a anualização da restauração de rotas da British Airways em 2023. Esse grande aumento de capacidade levou a uma queda de receita unitária de 12,6% no trimestre”.
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