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TAP com prejuízo de 71,9 milhões de euros no primeiro trimestre

O prejuízo da TAP agravou-se nos primeiros três meses do ano quando em comparação em 2023. Ainda assim, é uma melhoria em relação aos dados apresentados em 2019.
10 Maio 2024, 07h24

A TAP apresentou um prejuízo de 71,9 milhões de euros no primeiro trimestre do ano. Segundo o relatório de contas da companhia aérea, trata-se de uma subida de 14,5 milhões em relação ao trimestre homólogo, quando se verificou um valor negativo de 57,4 milhões de euros. Ou seja, o prejuízo da TAP agravou-se em janeiro e março de 2024.

Ainda assim, quando comparado com o primeiro trimestre de 2019 (referência pré-Covid-19), observa-se uma melhoria de 34,7 milhões. Entre janeiro e março de 2019 tinha registado um prejuízo de 106,6 milhões de euros

Já as receitas operacionais totalizaram 861,9 milhões de euros, o que revela um aumento de 3,1% em comparação com o mesmo trimestre de 2023. Este valor ultrapassa e representa 140% das receitas operacionais obtidas do primeiro trimestre de 2019, sendo impulsionadas pelas receitas do segmento de passageiros.

Por sua vez, os custos operacionais recorrentes se fixaram em 905,2 milhões de euros, o que representa um aumento de 7% (59,1 milhões) quando em comparação com os primeiros três meses de 2023. “Esta variação resulta principalmente do aumento dos custos com o pessoal devido aos novos acordos de empresa, contrabalançado pela redução do custo com combustível devido a um preço mais baixo do jet fuel neste trimestre em comparação com o primeiro trimestre de 2023″, sustenta a empresa no relatório.

“No primeiro trimestre de 2024 continuámos o processo de transformação estrutural que a TAP exigia. O investimento nas nossas pessoas, incluindo o fim dos cortes salariais, correções da elevada inflação e os novos acordos de empresa, têm um impacto imediato no resultado, mas os benefícios continuarão a materializar-se”, aponta Luís Rodrigues, CEO da TAP, no mesmo comunicado.

“Tivemos a capacidade de aumentar a oferta, transportar mais passageiros e melhorar as taxas de ocupação quando comparado com o primeiro trimestre de 2023, o que se traduziu em aumento da receita, enorme redução de irregularidades, melhoria da pontualidade e regularidade numa infraestrutura aeroportuária altamente congestionada. Isto traduziu-se igualmente num salto no NPS (Índice de Satisfação do Cliente) de 12 para 24. Confiamos totalmente nas nossas pessoas e sabemos que vamos estar à altura do Verão forte com um significativo aumento de frequências para o Brasil e América do Norte. O nosso foco e empenho mantêm-se: estabelecer a TAP como uma companhia sustentadamente rentável e uma das companhias mais atrativas da indústria para todos os nossos stakeholders“, adianta o executivo.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) caiu 38,6% para um total de 70 milhões de euros.

A companhia aérea de bandeira diz ainda que o “desempenho esteve em linha com a trajetória de recuperação, sustentabilidade financeira e transformação estrutural do grupo iniciada nos últimos anos”. O primeiro trimestre é notório por ser penoso para as companhias aéreas, devido à menor procura de viagens por conta do tempo invernoso.

O PRASK (receita por passageiro em relação ao lugar-quilómetro) aumentou 1,2% para 6,25 euros, sendo que a companhia transportou mais 0,6% de passageiros entre janeiro e março, atingindo um total de 3,53 milhões de euros.

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