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IB quer tornar ensino de excelência acessível a mais alunos

É esse o principal objetivo da eliminação do pagamento da taxa de inscrição nos exames a partir de novembro em todo o sistema IB.
13 Outubro 2019, 16h00

Siva Kumari, diretora-geral da International Baccalaureate Organization (IBO), explicou recentemente à Forbes, que, enquanto organização sem fins lucrativos responsável, o IBO busca a eficiência de gestão, a redução de custos e, acima de tudo, o envolvimento de mais estudantes nos seus programas educativos. “Queremos que o sistema IB chegue a mais crianças e jovens dos 3 aos 19 anos, e que estes possam destacar-se nos seus estudos e desenvolvimento pessoal”, declarou à Forbes.

Existem no mundo cerca de 5.000 escolas em 150 países que oferecem o International Baccalaureate. Siva Kumari é a primeira mulher a liderar a International Baccalaureate Organization. Além disso, é a mentora desta iniciativa, que visa eliminar barreiras no acesso dos estudantes aos seus programas.

Este objetivo levou o IBO a eliminar o pagamento da taxa de inscrição nos exames, no valor de 172 dólares (cerca de 156 euros). Ou seja, a taxa fixa aplicada a cada aluno que se inscrevia nos exames IB perde efeito já a partir de novembro. Apenas se mantém a taxa por disciplina, no valor de 119 dólares (cerca de 108 euros).

Com esta medida, o IBO acredita vai tornar mais acessível aos estudantes e às escolas a realização de exames adicionais ou a conclusão do Programa de Diploma. Porquê? Porque este sistema é um instrumento privilegiado, ao qual mais estudantes devem ter acesso.

Na sua opinião, o futuro passa pela agilidade, criatividade e valores humanistas, o que implica formar cidadãos de mente aberta, capazes de responder aos desafios globais, nacionais e locais. “O pensamento crítico é uma competência fundamental para preparar os alunos de hoje para o dia de amanhã. As organizações precisam de trabalhadores que sejam capazes de aprender, desaprender e reaprender”, realça Siva Kumari.

O IB figura entre os programas considerados de “elite”, pelo que esta iniciativa irá, na sua opinião, contribuir para uma maior equidade. E cita o exemplo das escolas públicas parceiras em Chicago, nos EUA, que desde há 30 anos recebem alunos de estratos sociais desfavorecidos e que oferecem para cima de 100 programas IB. “Os resultados têm sido extremamente positivos, na medida em que a taxa de retenção é muito superior nestes casos, assim como a prossecução de estudos universitários”.

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