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Iberdrola apresenta novo plano com foco em redes, redes e mais redes

Mais redes elétricas, com receitas previsíveis, em mercados maduros como Reino Unido e EUA, é este o grande plano da elétrica espanhola para os próximos anos.
Iberdrola
24 Setembro 2025, 14h46

Tudo na Iberdrola é grande. Afinal, a companhia espanhola sediada no País Basco é a segunda maior elétrica cotada do mundo, ficando apenas atrás da americana Nextera Energy.

O novo plano estratégico da elétrica é a prova desta grandeza, com as previsões a serem grandiosas, em especial se comparado com o contexto nacional.

A Iberdrola anunciou hoje que vai investir 58 mil milhões de euros até 2028, uma subida de 30% face ao anterior plano estratégico.

A maioria do investimento (65%) destina-se a redes elétricas, com a companhia a estar focada no crescimento no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Do total do investimento, 65% destina-se ao Reino Unido e EUA, uma subida face aos 40% previstos no plano anterior para os dois países.

“Este plano visa transformar o perfil da Iberdrola numa empresa mais regulada, com as redes como vetor de crescimento”, disse em comnicado Ignacio Galán, presidente-executivo da Iberdrola.

Reino Unido é o principal destino de investimento (20 mil milhões de euros), seguido pelos EUA (16 mil milhões), Península Ibérica (9 mil milhões), Brasil (7 mil milhões) e outros países da UE e Austrália (5 mil milhões), segundo a companhia.

Dos 37 mil milhões previstos para redes elétricas, 25 mil milhões vão para distribuição com 12 mil milhões para o transporte: 95% no Reino Unido e EUA.

Outros 21 mil milhões destinam-se a construir nova potência: 38% em energia eólica offshore, 24% em eólica onshore, 10% em solar fotovoltaica, 10% em armazenamento

A companhia prevê atingir um EBITDA de 18 mil milhões de euros em 2028 (um crescimento de 3 mil millhões), com as redes elétricas, com receitas previsíveis, a serem o “principal motor”, pesando 55% no EBITDA, “impulsionadas pelo crescimento no Reino Unido e EUA”.

“Com negócios contratualizados a longo prazo, 75% do EBITDA em 2028 não dependerá dos preços da energia”, garantiu hoje a empresa em comunicado.

Já o lucro líquido ajustado vai subir 2 mil milhões para 7,6 mil milhões em 2028.

Entre 2025 e 2028, a empresa prevê distribuir quase 20 mil milhões de euros em dividendos, com um mínimo garantido de 0,64 euros por ação.

Em três anos, espera gerar 52 mil milhões de euros em ‘cash’, à boleia dos novos investimentos. Outros 13 mil milhões de euros serão gerados em rotação de ativos.

No que a empresa chama de dividendo social, foram anunciadas 15 mil novas contratações, um total de 65 mil milhões em compras a milhares de fornecedores, apoiando mais de 500 mil empregos.

A contribuição fiscal será superior a 40 mil milhões de euros até 2028, com mais de 1,6 mil milhões de euros a irem para investigação e desenvolvimento e com o objetivo de atingir a neutralidade carbónica até 2030.

Além do plano estratégico, a companhia espera investir mais de 45 mil milhões de euros entre 2029 e 2031, novamente com foco em países com rating A: EUA e Reino Unido e com mais de metade (30 mil milhões) a irem para redes reguladas para atingir uma base de ativos superior a 90 mil milhões de euros até 2031.

Em Portugal, a companhia conta com o Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET), um investimento de mais de 1,6 mil milhões de euros com quase 1,2 gigas que evita a emissão de 1,2 milhões de toneladas de CO2 por ano.

Também conta com seis centrais solares em funcionamento saídas do primeiro leilão realizado em 2019: Alcochete I e II, Conde, Algeruz e Montechoro I e II, tendo sido a maior adjudicatária em número de lotes com um total de 7 projetos.

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