Faltam contactar sete portugueses em Moçambique, depois dos estragos provocados pelo ciclone Idai, confirmou o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, em entrevista à RTP, lembrando que inicialmente havia 93 pessoas que estavam incontactáveis.
“Ontem eram apenas sete pessoas por contactar, não há mais nenhum registo” e admite-se que sejam portugueses que não têm meios de contacto permanente, como telemóveis, explicou.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Malawi e Zimbabwe já provocou mais de 760 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos.
Em Moçambique, o Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou que 468 pessoas morreram e mais de 500 mil “estão em situação de risco”, tendo decretado o estado de emergência nacional.
O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os residentes da quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.
A Cruz Vermelha Internacional indicou que pelo menos 400 mil pessoas estão desalojadas na Beira, em consequência do ciclone, considerando tratar-se da “pior crise” do género no país.
No Zimbabué, as autoridades contabilizaram pelo menos 259 mortos e mais de duas centenas de desaparecidos, enquanto no Malaui as únicas estimativas conhecidas apontam para pelo menos 56 mortos e 577 feridos.
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