“Acabou o estado de graça [do Governo] ao fim de 48 horas porque de alguma maneira aquilo que tivemos agora é o Governo, o PSD, a tentar não ser claro relativamente a esta matéria”, afirmou Rui Rocha, em Matosinhos, no distrito do Porto, a participar num evento com liberais europeus dedicado às eleições europeias
Segundo Rui Rocha, que salientou que desde agosto de 2023 que a IL vinha a apontar que o objetivo do PSD em matérias fiscais “era muito pouco”, considerou que o que o programa de Governo prometeu, e que já tinha sido prometido na campanha eleitoral, “não é um choque fiscal, é um retoque fiscal”.
Em entrevista à RTP esta sexta-feira, o ministro das Finanças, Miranda Sarmento, defendeu que a redução de IRS prometida pelo Governo é “mais ambiciosa” do que a medida que vigora desde o início de 2024, mas clarificou que rondará os 200 milhões de euros.
Miranda Sarmento clarificou assim que os 1.500 milhões de euros de alívio no IRS referidos pelo primeiro-ministro esta quinta-feira, no início do debate do programa do Governo, não vão somar-se aos cerca de 1.300 milhões de euros de redução do IRS inscritos no Orçamento do Estado para 2024 e já em vigor.
Também à margem do mesmo evento, o cabeça de lista da IL às eleições europeias, e também antecessor de Rui Rocha da liderança do partido, considerou que o Governo de Luis Montenegro não só deve explicações ao país como já revela problemas.
“Há problemas de essência, transparência e eu diria que hoje já começa a haver problemas de decência”, disse Cotrim de Figueiredo.
Para o candidato ao Parlamento Europeu, “a essência do PSD não é suficientemente reformista numa serie de matérias e também de matérias fiscais, (…) transparência porque quando se deixa criar a ilusão de que os 1.500 milhões de euros são a mais do que já estava previsto, está-se a induzir as pessoas em erro, também não pode passar em claro e a IL não deixou passar em claro”.
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