[weglot_switcher]

IL diz que “estado de graça” de Governo acabou e acusa PSD de “falta de transparência”

O líder da Iniciativa Liberal (IL) afirmou hoje que o “estado de graça do Governo” acabou, considerando que choque fiscal prometido é apenas “um retoque” e acusou o PSD de começar a ter “problemas de transparência e decência”.
O presidente e deputado da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, fala aos jornalistas no exterior da sala do grupo parlamentar na Assembleia da República, em Lisboa, 26 de março de 2024. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
13 Abril 2024, 13h51

“Acabou o estado de graça [do Governo] ao fim de 48 horas porque de alguma maneira aquilo que tivemos agora é o Governo, o PSD, a tentar não ser claro relativamente a esta matéria”, afirmou Rui Rocha, em Matosinhos, no distrito do Porto, a participar num evento com liberais europeus dedicado às eleições europeias

Segundo Rui Rocha, que salientou que desde agosto de 2023 que a IL vinha a apontar que o objetivo do PSD em matérias fiscais “era muito pouco”, considerou que o que o programa de Governo prometeu, e que já tinha sido prometido na campanha eleitoral, “não é um choque fiscal, é um retoque fiscal”.

Em entrevista à RTP esta sexta-feira, o ministro das Finanças, Miranda Sarmento, defendeu que a redução de IRS prometida pelo Governo é “mais ambiciosa” do que a medida que vigora desde o início de 2024, mas clarificou que rondará os 200 milhões de euros.

Miranda Sarmento clarificou assim que os 1.500 milhões de euros de alívio no IRS referidos pelo primeiro-ministro esta quinta-feira, no início do debate do programa do Governo, não vão somar-se aos cerca de 1.300 milhões de euros de redução do IRS inscritos no Orçamento do Estado para 2024 e já em vigor.

Também à margem do mesmo evento, o cabeça de lista da IL às eleições europeias, e também antecessor de Rui Rocha da liderança do partido, considerou que o Governo de Luis Montenegro não só deve explicações ao país como já revela problemas.

“Há problemas de essência, transparência e eu diria que hoje já começa a haver problemas de decência”, disse Cotrim de Figueiredo.

Para o candidato ao Parlamento Europeu, “a essência do PSD não é suficientemente reformista numa serie de matérias e também de matérias fiscais, (…) transparência porque quando se deixa criar a ilusão de que os 1.500 milhões de euros são a mais do que já estava previsto, está-se a induzir as pessoas em erro, também não pode passar em claro e a IL não deixou passar em claro”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.