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IL insta Governo a promover “maior e mais prolongada exposição” a literacia financeira nas escolas

A Iniciativa Liberal (IL) vai dar entrada, nos próximos dias, de um Projeto de Resolução na Assembleia da República que recomenda ao Governo que “dê a preponderância devida à literacia financeira em contexto escolar”.
1 Novembro 2023, 14h24

A Iniciativa Liberal (IL) vai dar entrada, nos próximos dias, de um Projeto de Resolução na Assembleia da República que recomenda ao Governo que “dê a preponderância devida à literacia financeira em contexto escolar”.

“Portugal ainda tem um caminho longo a percorrer em literacia financeira, e essa importância tem de ser dada transversalmente, na Educação como prioridade na nossa proposta, mas dirigida também aos adultos. A literacia financeira tem um impacto crucial para o desenvolvimento, igualdade de oportunidades e inclusão dos indivíduos, com maior autonomia e capacidade de decisões informadas”, destaca Carla Castro, deputada redatora da proposta, a propósito da apresentação do projeto.

No Projeto de Resolução ao qual o Jornal Económico teve acesso, o partido refere que, “ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis”, recomenda ao Executivo liderado por António Costa atualizar o “Referencial de Educação Financeira que data de 2013, tal como já estava previsto no Plano Nacional de Formação Financeira 2021-2025”, ponderar a inclusão de “aspetos elementares de literacia financeira no currículo escolar do ensino básico de forma que todos os alunos estejam expostos aos mesmos independentemente das escolhas vocacionais que façam no ensino secundário”, bem como “incluir explicitamente a literacia financeira nas áreas de competências do Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória”.

Recordando que, em Portugal, a educação financeira foi integrada no currículo escolar a partir de 2018/2019 como tema obrigatório em pelo menos dois dos três ciclos do ensino básico no âmbito daquela disciplina, com o tema “Literacia financeira e educação para o consumo”, o partido entende que “há margem para tornar a educação para a literacia financeira mais presente e consequente no ensino português”.

O partido menciona, no Projeto de Resolução, dados sobre a avaliação da literacia financeira dos alunos de 15 anos no Programme for International Student Assessment (PISA), de 2018, que “revelam que Portugal está na média da OCDE nos níveis de literacia financeira dos alunos, mas abaixo da média na percentagem de alunos que afirmam receber formação sobre este tema na escola”.

“A literacia financeira é uma área transversal e com implicações ao longo de toda a vida dos jovens.  Isto é particularmente relevante no ensino secundário por ser nesta fase que os alunos estão mais perto de tomar decisões de natureza financeira. Além disso, aspetos elementares da literacia financeira devem ser incluídos no currículo formal do ensino básico para que todos os alunos estejam expostos aos mesmos independentemente das escolhas vocacionais que façam no ensino secundário”, consta do documento.

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