[weglot_switcher]

Ilham Tohti: Uma cadeira vazia na luta pela defesa dos direitos das minorias na China

O ativista e professor de Economia é o mais recente homenageado com o Prémio Sakharov. Símbolo da luta da minoria uigure contra a repressão do regime de Pequim, Ilham Tohti não pôde receber em mãos esta distinção de excelência na defesa dos direitos humanos, pois encontra-se detido na China. Mas a sua luta obteve eco internacional e a União Europeia juntou-se à causa.
22 Dezembro 2019, 19h00

Exercer a liberdade de expressão nem sempre significa ser livre. Pela terceira vez em menos de cinco anos, o Prémio Sakharov 2019 não foi entregue em mãos ao contemplado pelo Parlamento Europeu. O economista e ativista dos direitos humanos Ilham Tohti foi condenado a prisão perpétua na China pela sua luta incansável em defesa dos direitos da minoria uigure. Reconhecido no Ocidente como uma “voz de moderação e de reconciliação”, Tohti é visto na China como “um extremista violento” com “uma doença que precisa ser tratada”.

Os atropelos constantes aos direitos da minoria uigure mobilizaram Ilham Tohti a promover o diálogo e a compreensão entre uigures e chineses ao longo de mais de duas décadas. Através da plataforma online Uyghur Online, que lançou em 2006, criticou abertamente e sem medos o regime chinês por excluir do desenvolvimento a população uigure chinesa, que vive sobretudo na província de Xinjiang, no nordeste do país. Ao mesmo tempo, Ilham Tohti procurou sensibilizar o governo de Xi Jinping para os direitos da comunidade uigure na China, sobretudo nas condições de trabalho e na educação.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.