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Imigrantes em Portugal: Brasileiros são os mais barrados, recorda imprensa brasileira

O número de brasileiros barrados na chegada subiu de 179, em 2023, para 1.470 em 2024, um aumento de mais de 700%, recorda este domingo o jornal “Folha de S.Paulo”.
4 Maio 2025, 15h39

O anúncio do Governo de que a Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) vai começar a notificar 4.574 cidadãos estrangeiros, na próxima semana, para abandonarem o país voluntariamente em 20 dias, está a ser acompanhada pela imprensa brasileira, nomeadamente pela “Folha de S.Paulo”.

Em reação a este anúncio do Governo português, o jornal (com o qual o JE tem um protocolo), destaca que não está claro quantos dos imigrantes afetados são brasileiros, mas essa é a nacionalidade mais comum entre quem tem a entrada recusada em Portugal. O número de brasileiros barrados na chegada subiu de 179, em 2023, para 1.470 em 2024, um aumento de mais de 700%.

Até recentemente Portugal era um dos países mais abertos a estrangeiros. Era possível entrar no país como turista e pedir uma autorização de residência a posteriori, usando um dispositivo legal conhecido como “manifestação de interesse”.

Após uma advertência da União Europeia, que recomenda que todos os imigrantes entrem com vistos obtidos em seus países de origem, Portugal criou em junho do ano passado o Plano de Ação para as Migrações, que extinguiu a manifestação de interesse. Os brasileiros continuaram a desfrutar do privilégio de, sendo turistas, entrar no país sem visto. As entrevistas no aeroporto, no entanto, tornaram-se mais rigorosas.

A Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) vai começar a notificar 4.574 cidadãos estrangeiros, na próxima semana, para abandonarem o país voluntariamente em 20 dias, confirmou este sábado, 3 de maio, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

“O Governo foi informado esta semana pela AIMA que está a emitir 4.574 notificações para abandono de território nacional de cidadãos estrangeiros em situação ilegal”, afirmou Leitão Amaro, em declarações aos jornalistas, na sede do Governo, em Lisboa.

De acordo com o governante, trata-se do primeiro grupo de imigrantes notificado de um total de 18.000 indeferimentos.

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