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“Imigrantes? Empresas não podem correr o risco de contratar trabalhadores ilegais”, destaca CEO da EAD

Paulo Veiga, CEO da empresa de gestão de arquivos EAD considera, em entrevista ao JE, que o país necessita “acolher bem aqueles que vêm por bem, dar-nos os seus melhores anos de vida, criando riqueza” em Portugal.
10 Setembro 2024, 08h36

A megaoperação para analisar os mais de 400 mil processos pendentes relacionados com imigrantes em Portugal é também importante para as empresas uma vez que as mesmas não podem correr o risco de contratar trabalhadores ilegais.

O CEO da empresa de gestão de arquivos EAD, Paulo Veiga, considera, em declarações ao JE, que este processo é importante para as empresas e pessoas e alertou que também é preciso que a geração mais qualificada de sempre que se tem no país não emigre.

O primeiro centro de atendimento para imigrantes da Estrutura de Missão da Agência para a Integração, Migrações e Asilo abriu esta segunda-feira, em Lisboa, com uma centena de funcionários, para começar a analisar os mais de 400 mil processos pendentes.

“Mais do que importante para as empresas, é importante para as pessoas. As empresas são em primeiro lugar a razão da vinda dos emigrantes, são estas que podem proporcionar melhores salários e condições do que as nos seus países, a começar com a proteção social. As empresas, não podem é correr riscos de contratar ilegais. As coimas são pesadíssimas”, disse Paulo Veiga relativamente à importância do processo de regularização de imigrantes que se iniciou na segunda-feira.

Paralelamente ao processo de regularização de imigrantes, o CEO da EAD destaca também que o país precisa que a sua geração mais qualificada de sempre “não emigre”.

Além disso, Paulo Veiga defende que é preciso uma “forte formação” em cursos técnicos e também “acolher bem aqueles que vêm por bem, dar-nos os seus melhores anos de vida, criando riqueza” em Portugal. “Para isso, tal como nas empresas, é preciso formar, nos costumes, na língua portuguesa e na cultura europeia, porque é da europa que falamos”, acrescenta o CEO da EAD.

Paulo Veiga destaca que Portugal, enquanto país de emigrantes que deu “mundos ao mundo” tem de ser o primeiro “a entender este movimentos [de imigração] e que a “fortaleza” europeia, falhou, no sentido de os seus programas de desenvolvimento, por exemplo na África subsariana, não terem conseguido o desenvolvimento da região”.

Relativamente a movimentos que em certos países, tais como a Polónia, que querem restringir a imigração, o CEO da EAD considera que “é preciso entender” o que é a Polonia atual e a sua história recente.

“Se há povo que foi várias vezes dizimado, foi o povo polaco. Talvez por isso as suas resistências ao Pacto de Migração e Asilo da União Europeia”, considera o CEO da EAD.

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