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Imobiliário: Associações espanholas criticam medidas do governo sobre o mercado de arrendamento

Limitação dos preços aliada à suspensão dos despejos até 2025, tem provocado uma diminuição da oferta e consequente “estrangulamento da procura”, aponta a Federação Nacional das Associações Imobiliárias.
28 Dezembro 2023, 15h15

O último conjunto de medidas do governo espanhol para o mercado imobiliário deixou os especialistas do sector descontentes, em particular os ligados ao arrendamento. Ao “El Economista”, José María Alfaro, presidente da Federação Nacional das Associações Imobiliárias (FAI), receia que “muitos inquilinos sejam expulsos do mercado”.

“A suspensão dos despejos até 2025, aliada à já conhecida limitação de preços, ou à falta de medidas compensatórias para os proprietários face ao não pagamento têm provocado uma diminuição da oferta e consequente estrangulamento da procura. Isto fará com que muitos inquilinos sejam expulsos do mercado”, afirma o responsável.

O líder da associação defende que qualquer alteração legislativa que gere insegurança jurídica aos proprietários leva à diminuição da oferta de habitação para arrendamento e ao aumento dos preços das rendas que terminaram o ano com um novo máximo histórico.

Os dados apresentados pela FAI após o novo conjunto de medidas do governo espanhol indica que 45,9% dos inquiridos admitem que os proprietários estão a apertar as exigências dos potenciais inquilinos ou a aumentar o preço dos imóveis, para mitigar a procura, mas também pelo medo e risco do não pagamento das rendas.

Por outro lado, 15,44% dos inquiridos destacam que os proprietários transferem a sua habitação para o mercado de arrendamento temporário e 13,07% indicam que os proprietários o fazem para o mercado de compra e venda.

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