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Imparidades do Novo Banco desaceleraram depois da venda à Lone Star

O Novo Banco constituiu menos novas imparidades depois da venda à Lone Star. O ano em que o banco constituiu maior volume de imparidades foi em 2017, ano da venda ao fundo norte-americano.
  • Cristina Bernardo
25 Maio 2020, 07h25

O acordo para a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star foi assinado a 18 de outubro de 2017, e o Jornal Económico fez uma análise das imparidades que foram constituídas antes e depois da venda.

Os dados foram fornecidos pelo banco e revelam que em média, em 2015, o Novo Banco constituiu imparidades (para crédito e títulos) de 488 milhões de euros. Já em 2016, em média, o Novo Banco constituiu 494,2 milhões de euros.

No ano da venda do banco, as novas imparidades dispararam para 682 milhões de euros.

Já no primeiro ano após a venda, as novas imparidades constituídas em 2018 baixaram, em média, para 138,4 milhões e no ano passado a média de imparidades constituídas no ano subiu face a 2018 para 313,7 milhões.

Olhando apenas as imparidades para crédito e analisando semestre a semestre, ao longo de 10 semestres, verifica-se que o maior volume de imparidades para crédito foi constituído no semestre em que ocorreu a venda. O segundo semestre de 2017 revela um montante de imparidades de 970,9 milhões de euros.

No semestre seguinte (primeiros seis meses de 2018) as novas imparidades constituídas somam 199,6 milhões, valor que no segundo semestre do ano cai para 64 milhões. Em 2019, as imparidades em junho eram de 166,7 milhões, tendo disparado no segundo semestre para 460,8 milhões de euros.

Se formos ver antes da venda, no primeiro semestre de 2015 as novas imparidades para crédito foram de 252,3 milhões, passando, no segundo semestre, para 487 milhões. No ano seguinte, em junho as imparidades constituídas eram de 282,4 milhões de euros; no segundo semestre de 2016 passaram a 390,2 milhões de euros.

No semestre anterior à venda (que foi em outubro de 2017) as imparidades para crédito do Novo Banco somavam 258,3 milhões.

Se incluirmos as imparidades para títulos, em 2015, o banco constituiu 975,5 milhões de euros. Em 2016, as imparidades para crédito e títulos somaram 988,5 milhões e no ano da venda, 2017, essas imparidades subiram para 1.364 milhões de euros.

No primeiro ano em que a Lone Star é acionista maioritária, as imparidades para crédito e título somam 276,8 milhões e finalmente em 2019 as imparidades somaram 627,3 milhões de euros.

Em 2019, o Novo Banco teve prejuízos de 1.058,8 milhões de euros. Com base nos resultados relativos ao ano passado, o banco liderado por António Ramalho já recebeu mais 1.037 milhões de euros do Fundo de Resolução, ao abrigo do mecanismo de capital contingente.

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