O fenómeno não é novo, mas o valor atingido em 2022 fica muito acima do anterior máximo registado em 2019, com 79 mil automóveis e apenas 3% de peso nas matrículas novas, deixando a Associação Automóvel de Portugal (ACAP) preocupada com este tema.
“100 mil carros importados usados é uma preocupação. A nossa preocupação é ambiental, são sete anos em média. Estamos a aumentar as emissões poluentes no país. Já temos um parque velho, que tem de ser renovado” e que vai envelhecer mais “com carros que entram do exterior”, disse hoje Pablo Puey da Stellantis durante a conferência de imprensa anual da ACAP que decorreu em Lisboa.
Por sua vez, o presidente da ACAP exige medidas que “impeçam a importação de carros usados”, segundo José Silva Ramos.
Atualmente, um milhão e meio de automóveis a circular em Portugal (26% do total) têm mais de 20 anos de idade. Em 2000, eram apenas 1%.
A idade média dos automóveis ligeiros em Portugal é de mais de 13 anos, com o valor a aumentar para 15 anos quando se fala de pesados de passageiros e de mercadorias. Do total, 63% têm mais de 10 anos de idade.
A ACAP continua a defender a introdução de um mecanismo de incentivo ao abate para renovar o parque automóvel em Portugal, citando razões de segurança e ambientais, por os carros novos emitirem menos CO2.
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