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“Impraticável”: Plano alemão para impor restrições a quem não está vacinado alvo de críticas

Para os críticos, a proposta poderá prejudicar a campanha de saúde pública para conter a disseminação do vírus e fazer com que as pessoas rejeitem ainda mais a vacinação. Jens Spahn defende uma abordagem chamada “3G”, em que apenas aqueles que são vacinados, testados ou recuperados do doença podem jantar num restaurante, ir a um ginásio ou cabeleireiro.
5 Agosto 2021, 19h22

O plano do ministro da Saúde da Alemanha de impor restrições aos alemães que não foram vacinados contra o novo coronavírus tem enfrentado uma forte oposição, segundo o “The Guardian”.

Vários políticos do SPD consideraram “impraticáveis” as propostas de Jens Spahn de excluir pessoas não vacinadas de restaurantes, ginásios e outras instalações. Para os críticos do plano a proposta poderá prejudicar a campanha de saúde pública para conter a disseminação do vírus e poderá fazer com que as pessoas rejeitem ainda mais a vacinação.

O governante alemão defendeu uma abordagem chamada “3G”, em que apenas aqueles que são vacinados, testados ou recuperados do doença podem jantar num restaurante, ir a um ginásio ou cabeleireiro ou participar noutras atividades. Em caso de agravamento do índice de infeção a ponto de ameaçar o sistema de saúde, Berlim passa a reservar o acesso às atividades apenas aos vacinados ou portadores do vírus (os chamados 2G).

O ministério de Spahn apresentou as propostas antes de uma reunião do governo federal e líderes dos 16 estados da Alemanha na próxima semana. Segundo Spahn, as medidas são necessárias para controlar uma quarta vaga do SARS-CoV-2.

Spahn sugeriu ainda manter as regras atuais, como o uso de máscaras cirúrgicas em espaços públicos, incluindo lojas e transportes, distanciamento social e arejamento de espaços de trabalho e escolares, pelo menos até a próxima primavera. Quanto aos testes antigénio, o ministro alemão avisou que a partir de outubro a população vai começar a pagar a compra dos testes quando até ao momento têm sido gratuitos.

A aceitação da vacina diminuiu e dificilmente será alcançada a meta de ter 75% da população vacinada até o outono. Esta quinta-feira, pouco menos de 54% dos alemães estavam totalmente vacinados, enquanto 62% tinha recebido apenas uma dose.

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