[weglot_switcher]

Imprensa estatal chinesa pede a Pequim que rejeite acordo para compra da Tik Tok nos EUA

O Global Times, controlado pelo estado chinês, inicialmente apelidou o negócio de “razoável” depois de surgirem notícias de que a Oracle e a Walmart tinham concordado em adquirir uma participação combinada de 20% da Tik Tok.
  • tik tok
22 Setembro 2020, 17h53

A imprensa estatal chinesa acusou a administração Trump de “intimidação” e “lógica hooligan” depois do presidente dos Estados Unidos (EUA) ter ameaçado impedir o acordo da Tik Tok com a Oracle e a Walmart se a criadora chinesa da rede social, a ByteDance, mantiver o controlo, destacando o desafio que as empresas enfrentam para obter a aprovação de ambos os governos (EUA e China), segundo o “Business Insider”.

O Global Times, controlado pelo estado chinês, inicialmente apelidou o negócio de “razoável” depois de surgirem notícias de que a Oracle e a Walmart tinham concordado em adquirir uma participação combinada de 20% da Tik Tok.

No entanto, Trump e a Oracle resistiram às afirmações de que a ByteDance ficará com 80% das ações da empresa recém-formada, insistindo que a empresa chinesa precisará diluir ainda mais a sua participação ou correrá o risco de o negócio ser rejeitado.

Após a reviravolta, um editorial do jornal chinês considerou o acordo “injusto”, acrescentando que “a China não cederá à intimidação dos EUA e não aceitará um tratamento desigual que visa as empresas chinesas”.

Na segunda-feira, dia 21 de setembro, a ByteDance divulgou um comunicado na plataforma de blogues chinesa ‘Toutiao’, onde tentou minimizar as especulações de que estava a abdicar do controlo da Tik Tok, afirmando que continuará a deter 80% das ações da Tik Tok Global após a conclusão do negócio.

No entanto, Donald Trump afirmou à Fox News que a ByteDance “não terá nada a ver com isso e, se tiver, simplesmente não faremos o negócio. Vai ser controlado, totalmente controlado pela Oracle … e se descobrirmos que eles não têm controlo total, então não vamos aprovar o negócio”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.