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Inapa: Presidente da mesa da AG não aceita pedido da Nova Expressão

Inapa avançou com pedido de insolvência ao fim do dia de segunda-feira. Nova Expressão, acionista com 10,85% do capital da Inapa, queria evitar este desfecho.
Inapa
30 Julho 2024, 09h27

A Nova Expressão viu o seu pedido para uma Assembleia-Geral Extraordinária negado. Segundo apurou o Jornal Económico, o presidente da mesa da Inapa não aceitou o pedido de Assembleia-Geral colocado pela empresa gerida por Pedro Baltazar.

Entretanto, a Nova Expressão decidiu retirar o pedido de marcação de uma assembleia para deliberar uma operação harmónio na Inapa, tendo em conta os primeiros dados do pedido de insolvência, que deu ontem entrada no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste. O segundo maior acionista da Inapa concluiu que a informação que foi divulgada pela empresa não permite fazer um cálculo racional a respeito do aumento de capital que seria necessário, apurou o JE.

Recorde-se que a Nova Expressão pediu a Assembleia-Geral para evitar a insolvência da empresa, da qual detém 10,85% do capital, e que já era esperada há uma semana. A Assembleia-Geral serviria para deliberar a realização de uma operação harmónio, isto é, a redução do capital para cobrir prejuízos, seguida de um aumento de capital com entrada de capital fresco.

No documento com o pedido para a Assembleia-Geral, ao qual o JE teve acesso, a reunião teria quatro pontos na ordem de trabalho: discussão e eventual deliberação sobre a viabilidade económica da Sociedade“, “discussão e deliberação sobre a redução de capital para cobertura de prejuízos, com a correspondente redução do valor nominal de todas as ações representativas do capital social”, “a discussão e deliberação sobre o aumento de capital da Sociedade por realização de novas entradas em dinheiro, para reforço da cobertura de capital” e a “designação de novos membros do conselho de Administração da Sociedade, para o mandato em curso”.

O pedido de insolvência aconteceu já depois da Nova Expressão e de pequenos acionistas da Inapa admitirem querer salvar a distribuidora de papel. A Inapa Deutschland, subsidiária alemã, não conseguiu suprir a carência de tesouraria de 12 milhões de euros, e a insolvência do braço germânico teve impactos imediatos na casa-mãe, sendo que já teria sido pedido ajuda financeira ao Estado, através da Parpública, que é o principal acionista da Inapa.

Era esperado que a Inapa não avançasse já com a insolvência devido à manifestação de interesse da Japan Paper & Pulpe para uma proposta vinculativa para a compra da empresa.

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